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Esperança renovada para os casais com problemas de fertilidade

A Associação Portuguesa de Fertilidade afirmou que o Banco Público de Gâmetas, que irá funcionar no Centro Hospitalar do Porto, traz uma “esperança renovada” para os casais que recorrem a tratamento de fertilidade pela doação de óvulos ou espermatozóides.Através de um despacho publicado segunda-feira no Diário da República, o Ministério da Saúde autorizou a criação de um Banco Público de Gâmetas (óvulos e espermatozóides), que será financiado por verbas do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Para Filomena Gonçalves, da Associação Portuguesa de Fertilidade, APF, a criação deste banco representa “uma solução para os casais que vão recorrer a tratamentos de fertilidade pela doação de óvulos ou espermatozóides”. Até agora, estes casais só encontravam “uma solução nos serviços privados, que eram muito caros”, adiantou a dirigente da Associação. Filomena Gonçalves não tem dados sobre quantos bebés nasceram através de doação de óvulos ou espermatozóides: “Nós sabemos que cerca de um por cento dos bebés nascidos em Portugal (cerca de 1.000) neste momento são de técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA), mas não sabemos quantos são com gâmetas”.Lembrou ainda que a criação deste banco, no Centro Hospitalar do Porto, tem sido uma “reivindicação” da APF porque “não havia resposta para estes casais no SNS”.“Embora se ouvisse falar da criação deste banco público desde 2008, esta publicação traz uma esperança renovada para estes casais e esperamos que sejam céleres na sua implementação”, acrescentou.A infertilidade é uma doença que, nos países desenvolvidos, tem vindo a aumentar de incidência, afetando entre cinco e 15 por cento dos casais em idade fértil. As causas de infertilidade são muitas e variadas e muitas pessoas podem beneficiar dos tratamentos de procriação medicamente assistida. Em alguns casos, essas técnicas de PMA obrigam a recorrer a óvulos ou espermatozóides de terceiros, dádiva essa autorizada pela lei.A partir de 2008 foi criado no Serviço Nacional de Saúde um programa para promover o alargamento das estruturas dedicadas à PMA e melhorar o acesso dos casais inférteis.Em 2006 foram realizados cerca de 1.700 ciclos de fertilização in vitro e injecção intracitoplasmática de espermatozóides no sector público, número que aumentou para aproximadamente 2.600 ciclos em 2010. “Neste contexto, tem vindo a acentuar-se a necessidade de um Banco de Gâmetas que possa servir de modo adequado os utentes do SNS”, salienta o despacho do Diário da Republica, assinados pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro.O Centro Hospitalar do Porto propôs-se criar um Banco de Gâmetas, aproveitando “as sinergias da importante actividade que tem vindo a desenvolver no domínio da PMA e as novas potencialidades que serão abertas pela construção do centro materno-infantil do Norte”, acrescenta.

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