Relvado sintético inaugurado em Aveiras de Cima
Quando nos lembramos de momentos da infância (1963)...vivi em estrema com o campo 1º de Abril e muito brinquei, sozinho, nesse campo, onde as redes de cordel exalavam a creolina. Tinha por companhia o “bóbi” e a “madalena” que , com a ajuda do meu irmão, engatávamos, em parelha, ao varal pregado a um caixote de sabão - da loja do Jaime Sécio - com rodas feitas pelo tanoeiro. Lá íamos alegres e contentes. Ao domingo havia bola, A.C.S.C./ Vs ... Os cães estavam presos. Não havia brincadeira. Muitos homens à volta do campo , aos gritos, a dizerem asneiras e a chamarem nomes feios aos jogadores. Fazia-me impressão, aquilo só podia ser da pinga, das “ciganas” (garrafa de cerveja cheia de vinho tinto ). Acabava o jogo e 2 ou 3 bolas de catchumbo ficavam à nossa guarda para o treino e depois para o jogo seguinte. O povo em polvorosa com a equipa, nos jogos com chuva e lama era o fim-do-mundo. Espantava-me ver o Óscar a correr com tanta força, o Siopa, o Adriano do Landala, o Pedro da Vicência, o Chico da Ofélia, o Palhó, o Cardozo do talho, o treinador Seabra e outros que não lembro. Ah! o meu ídolo: o Amílcar do alfaiate , o “MICAS” , muito chorei com as suas defesas, a soco, de encaixe, em voo e, até ... de cotovelo! Nem o Costa Pereira!. Grande guarda-redes do Benfica e da Selecção. Parabéns à juventude! E como dizia o Grandella: “Sempre por bom caminho, e segue”. Hoje já sou avô sem ter sido menino. Os meus salutares cumprimentos.José Fernando O. Canteiro
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