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Doutor em polémicas na ESGTS

“Não alimento a linha editorial do vosso jornal” disse-nos por escrito há cerca de ano e meio o director da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém, Jorge Faria, sempre metido em zaragatas na instituição que dirige há quase cinco anos.Jorge Faria foi, até agora, o mais polémico dos dirigentes que passou pelas várias escolas do Instituto Politécnico de Santarém (IPS). Não há memória de alguém que tenha perdido umas eleições para a presidência do IPS e que, depois, por gozar de uma situação privilegiada, tente fazer gato-sapato daquele para quem perdeu as eleições como é o caso de Jorge Justino.As notícias que ultimamente têm vindo a público dão conta de uma guerrilha interna na ESGTS que não é digna de uma escola pública que forma “cérebros” para o mercado de trabalho. Jorge Faria sabe que vive num país onde não se pedem contas aos gestores públicos; tudo leva a crer que está bem protegido politicamente por dirigentes nacionais do Partido Socialista; ainda por cima tem sorte porque o homem com quem disputou as eleições não tem coragem para lhe “acertar o passo”; Assim, como se vivêssemos no reino da Dinamarca, Jorge Faria começa uma guerra e, antes que ela acabe, inicia outra que é para não perder a embalagem.Segundo se sabe, grande parte dos docentes da ESGTS está de costas viradas para este doutor em polémicas e em estratégias para descredibilizar a instituição. A verdade é que ele tem os docentes controlados pelos apertados regulamentos. Quem se manifestar corre o risco de perder o emprego. E o que não falta é gente por aí a querer dar aulas numa instituição como aquela que Jorge Faria comanda. Só os docentes que não têm nada a perder lhe fazem frente. São poucos mas chegam para lhe moer o juízo, e para garantir que, enquanto os dirigentes nacionais dos partidos não puderem sacar da arma para impor os seus homens, as forças vivas da região continuam com uma palavra a dizer.Não sei nem quero saber quem elegeu este doutor em polémicas para presidente de uma Escola que sempre teve uma boa imagem e conquistou alunos de todo o país. Como cidadão acho estranho que esta personagem use a espada e a faca, a forquilha e o bastão, para bater em tudo o que mexe à sua volta e não lhe rende finezas.Toda a gente com quem já falei sobre este caso fenomenal diz que Jorge Faria tem os dias contados. Não só pela arrogância com que dirige a Escola como pela desfaçatez e pelos números de circo que vai ensaiando para levar a água ao seu moinho. Com ou sem os dias contados, a verdade é que Jorge Faria ainda tem quase quatro anos pela frente para fazer um MBA em polémicas. E a credibilidade da ESGTS e do próprio IPS pode estar em causa com os riscos que todos conhecemos. Jorge Justino, conhecido pela sua bonomia, parece que resolveu puxar dos galões depois de perceber que a opinião pública já “goza” com a situação. Afinal a ESGTS e o IPS não são duas lojinhas da esquina; são parte de uma instituição nacional que se prepara para viver uma das maiores crises ao nível financeiro e de recursos humanos.

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