Alterações orçamentais agitam reuniões da Câmara da Chamusca
Vereador Francisco Matias (CDU) indignado com o voto contra dos eleitos do PS
O vereador da CDU na Câmara da Chamusca Francisco Matias manifestou a sua indignação durante a reunião do executivo de 14 de Fevereiro devido ao voto contra uma alteração orçamental por parte dos dois vereadores do PS.Foram já várias as alterações orçamentais apresentadas à votação e todas elas têm merecido o voto contra do vereador do PS, Paulo Queimado. O outro vereador socialista, Joaquim José Garrido, já votou contra, já votou favoravelmente e já se absteve. A justificação para o voto contra é sempre o mesmo: “o orçamento estava inflacionado e as previsões mal feitas”.Na altura da primeira alteração os eleitos do PS disseram também que não votavam favoravelmente porque as alterações eram pouco explícitas. Desde então a contabilidade fez um esforço e ao lado de cada alteração explica porque a mesma é feita, de onde retira o dinheiro e onde o coloca. Isso não chega para os vereadores socialistas, que votam contra sem mais explicações, deixando no ar a dúvida.Foi isso que fez indignar Francisco Matias. O vereador da CDU garantiu que não há nada de ilegal nas alterações orçamentais, explicou mais uma vez que o que a Câmara da Chamusca faz é feito em todas as autarquias do país. “A contabilidade autárquica obriga-nos a colocar tudo no orçamento, obras de grande volume financeiro que não serão feitas durante o ano tiveram que ter verbas inscritas. Mesmo em ano de contenção, temos pelo menos três obras que levam grande parte do orçamento”, disse irritado.O vereador da CDU quer que os socialistas expliquem por que é que votam contra. “Não chega votar contra e deixar a suspeição no ar que estamos a cometer ilegalidades ou estamos a esconder alguma coisa. Somos muito claros e explicamos bem porque são feitas as alterações. Não houve distracção de ninguém na feitura do orçamento. Têm o direito de votar contra, mas devem fazê-lo explicando o porquê desse voto para não deixarem suspeições no ar”, garantiu.Paulo Queimado ainda ripostou garantindo que a sua posição é coerente com o seu voto contra na aprovação do orçamento. “Um orçamento é uma previsão do que se vai fazer, deve ser feito com o maior rigor possível e o orçamento que foi aprovado é um mau orçamento. Daí obrigar a que quase todas as semanas tenhamos uma alteração para votar. Por mim vou continuar a ser coerente”, garantiu.
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