O assunto acabou por ser retirado da última reunião do executivo mas a Câmara do Cartaxo quer contratar uma pessoa exterior ao município para transcrever as actas da câmara e assembleia municipal em tempo útil. A proposta previa que se pagasse 4.940 euros a uma pessoa, para um total previsto de 52 horas, à razão de 95 euros por hora, através de um ajuste directo simplificado.A proposta foi contestada pelos vereadores da oposição. Mário Júlio Reis (CDU) considerou-a um insulto às competências e capacidades de serviço dos dez elementos do gabinete dos órgãos autárquicos e do gabinete de assuntos jurídicos e um desbaratar de finanças. “Somos do tempo em que havia apenas uma jurista e uma administrativa para todo o serviço do município e as actas apareciam transcritas”, comentou o vereador.Paulo Neves (PSD) lembrou que quando o município tinha 200 ou 350 funcionários as actas foram transcritas sem haver necessidade de contratar alguém de fora do quadro do município, pelo que o mesmo não se justifica agora com 434 funcionários ao serviço da autarquia. “Votamos contra”, anunciou. O assunto foi retirado mas deve ser abordado em próxima reunião do executivo.