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Municípios ajudam EPAL a preservar biodiversidade

Protocolo “Nascentes para a vida” visa envolver câmaras no desenvolvimento de estudos e na realização de acções
Realizar estudos e acções práticas, utilizando técnicas de engenharia natural, na prevenção de incêndios e de erosão é um dos objectivos do protocolo que foi assinado no dia 2 de Março na Estação de Tratamento de Água da Asseiceira, Tomar, entre a EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Instituto da Conservação da Natureza (ICNB) e Associação Portuguesa de Engenharia Natural (APENA) e os municípios de Ferreira do Zêzere, Abrantes, Figueiró dos Vinhos, Sardoal, Vila de Rei, Sertã e Tomar com vista à integração destes na comissão de acompanhamento do projecto “Nascentes para a Vida”. O projecto tem vindo a ser desenvolvido desde Julho de 2008 e termina em Junho mas os dinamizadores consideram que este trabalho deve ter continuidade e, por este motivo, decidiram envolver os municípios no mesmo. O objectivo passa por envolver estes municípios no desenvolvimento de estudos e na realização de acções de demonstração e divulgação na área da bacia da albufeira de Castelo do Bode, “de modo a promover e preservar a biodiversidade e da qualidade da água”. Pretende igualmente envolver todas as partes interessadas na conservação da bacia hidrográfica e ribeiras adjacentes e na promoção de acções que garantam “efeitos reprodutivos e multiplicadores” das boas práticas ao mesmo tempo que conferem benefícios ambientais e económicos às comunidades residentes da região. Como exemplo, o engenheiro Vieira Gomes explicou que se após um fogo não forem tomadas algumas medidas de mitigação dos efeitos a hipótese da erosão chegar à albufeira, com todos os inconvenientes que traz para a qualidade da água, é mais provável. Dentro do projecto, realçou a tarefa “Watershed Watch – Olhar Atento” que compreende a caracterização da área envolvente da albufeira, um trabalho que pode vir a ser desenvolvido com jovens integrado em projectos escolares ou actividades das associações locais. Foi ainda desenvolvido um Manual de Boas Práticas Florestais no pós-fogo, que já foi aplicado na região de Ferreira do Zêzere aquando de um incêndio em Agosto, ferramenta que já foi distribuída a alguns municípios. Cursos e acções de divulgação e demonstração dos resultados, formação técnica dos donos e gestores dos terrenos envolventes da albufeira, assim como das autoridades e técnicos autárquicos e dos serviços centrais responsáveis foram outras acções dinamizadas.João Fidalgo, presidente da EPAL, mostrou-se satisfeito com a adesão dos municípios a este projecto. “É de uma necessidade urgente criar uma consciência colectiva da importância que a água tem na nossa vida e no meio ambiente. A vossa contribuição é fundamental para o sucesso deste projecto”, referiu, acrescentando que a EPAL pretende criar “uma relação de maior proximidade em relação à região, autarquias e pessoas que dão vida a este ecossistema natural que existe e tem uma importância estratégica não só para a região metropolitana de Lisboa como para o país”. Na ocasião foi ainda inaugurado o Parque de Estacionamento da ETA da Asseiceira, com uma área coberta de 345 m2, onde está instalada uma unidade de micro produção de energia eléctrica através de painéis solares foto voltaicos, seguindo-se uma visita à Unidade de Tratamento de Águas.

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