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Agentes da festa brava acreditam que haja menos espectáculos e menos público este ano

Agentes da festa brava acreditam que haja menos espectáculos e menos público este ano

Crise deve afectar também a actividade tauromáquica embora as consequências sejam difíceis de antecipar

O presidente da Federação Portuguesa das Associações Taurinas considera que o sector tauromáquico não vai ser tão prejudicado pela crise financeira, porque os aficionados são “fiéis” a este espectáculo.

Os principais agentes da tauromaquia em Portugal consideram que este ano haverá menos espectáculos em relação a 2010 devido à crise financeira, mas acreditam que os aficionados vão marcar presença nos principais eventos taurinos. Em declarações à Agência Lusa, o cavaleiro tauromáquico Luís Rouxinol manifestou a opinião de que este ano haverá “menos corridas em praças desmontáveis”, situação que vai “contribuir para a redução” do número de espectáculos. “Eu penso que vai haver menos corridas, pelo menos nas praças desmontáveis, porque normalmente são espectáculos que contam com um forte apoio financeiro das câmaras municipais e as autarquias, nesta altura, não têm dinheiro”, declarou. Luís Rouxinol, o toureiro português que mais toureou em 2010 nas arenas portuguesas, por 58 ocasiões, adiantou ainda que os espectáculos que são realizados em datas consideradas tradicionais “não vão ser afectados” pela falta de público.No entanto, o presidente da Federação Portuguesa das Associações Taurinas (PRÓTOIRO), Paulo Pessoa de Carvalho, reconheceu que “poderá” haver uma redução de público nas praças de toiros este ano. “A minha perspectiva é que o número de corridas vai manter-se em relação ao ano de 2010, mas vai haver menos público”, afirmou.Contudo, o responsável considera que o sector tauromáquico não vai ser tão prejudicado pela crise financeira, porque os aficionados são “fiéis” a este espectáculo. “O público dos toiros é um bocadinho mais fiel do que os outros públicos e acredito que, proporcionalmente, a crise sentir-se-á menos nos toiros do que em outras actividades lúdicas. Agora, as pessoas vão fazer opções e em vez de irem aos toiros quatro vezes, vão apenas duas”, acrescentou.Paulo Pessoa de Carvalho considerou ainda “prematuro” avançar com mais comentários sobre esta matéria, uma vez que as pessoas estão agora a mergulhar na crise financeira, ou seja “estão à porta do deserto e agora vão entrar nele”.Contactado pela Lusa, o vice-presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, Carlos Pegado, avançou que a temporada tauromáquica de 2011 está a deixar o sector “um bocadinho mais preocupado”, do que em relação a outros anos. “Num modo geral há uma pequena contenção em relação ao número de corridas de toiros, pode haver uma ligeira quebra, mas não muito significativa”, adiantou.Em relação à presença de público nas praças de toiros, Carlos Pegado considerou uma “incógnita”, embora acredite que o público vai marcar presença nas “datas tradicionais e de festa”. “As pessoas têm tendência a arranjar um escape para os seus problemas e esperemos que as festas e as corridas sejam um bocadinho esse escape”, frisou.De acordo com dados da Associação dos Toureiros Portugueses, em 2010 realizaram-se, no continente e nos Açores, 183 corridas de toiros à portuguesa, 24 espectáculos de variedades taurinas, 33 corridas mistas, 42 festivais taurinos, cinco novilhadas populares, duas novilhadas e 15 garraiadas.A época tauromáquica começa habitualmente em Portugal no dia 1 de Fevereiro, em Mourão, e termina no dia 1 de Novembro no Cartaxo, embora o maior número de festejos tauromáquicos seja realizado entre os meses de Abril e Outubro.
Agentes da festa brava acreditam que haja menos espectáculos e menos público este ano

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