A edição de 2011 da Ávinho – Festa do Vinho e das Adegas de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, contou este ano com menos participantes. Cerca de meia dezena de adegas mantiveram-se de portas fechadas e outras abriram apenas para os familiares e amigos. É que isto de dar a provar o vinho aos visitantes é muito bonito mas no final dos três dias é suficiente para deixar quase vazio um depósito de alumínio de 1000 litros, garantem alguns produtores a O MIRANTE.A crise toca a todos e este ano os políticos sentiram na pele o que a palavra significa. Menos vinho, menos petiscos e menos gente nas ruas do que em anos anteriores no dia da inauguração. O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos, acompanhado pelo vice-presidente do município, Luís de Sousa, e pelo Governador Civil de Lisboa, António Galamba, percorreram as adegas e distribuíram os tradicionais diplomas aos participantes. Mas os petiscos eram tão poucos que a meio do caminho a comitiva continuava “a seco”. A única hipótese que tiveram para forrar o estômago foi mesmo juntar-se ao povo, encher as roupas de fumo e comer uma bifana com as mãos. Longe vão os tempos em que as adegas de Aveiras serviam aos políticos uns palitos com chouriço assado, uns croquetes e umas fatias de presunto.