A lista de candidatos a deputado do PSD pelo distrito de Santarém não apresenta surpresas na primeira metade dos 10 nomes, com o secretário-geral do partido, Miguel Relvas, como cabeça de lista, seguido pelos actuais deputados Vasco Cunha (Cartaxo) e Carina João (Ourém) e pelo líder nacional da Juventude Social-Democrata (JSD) Duarte Marques (Mação). O quinto lugar da lista de dez efectivos é ocupado pelo líder da concelhia “laranja” de Santarém, Nuno Serra. A lista foi aprovada domingo pelo conselho nacional do PSD, por unanimidade.Apesar de esses serem nomes há muito ventilados, a escolha dos nomes a apresentar pela distrital à direcção nacional não foi pacífica. Um grupo de 17 militantes, liderado pelo tesoureiro da distrital António Campos, requereu a votação dos nomes lugar a lugar, ao arrepio do que havia ficado definido na assembleia distrital de 8 de Abril, onde se aprovou que os nomes a propor à direcção nacional fossem apresentados por ordem alfabética sem indicação do lugar. Após a rejeição dessa proposta pelo presidente da distrital Vasco Cunha, o mesmo grupo apresentou listas por ordem alfabética, e depois por lugares, para serem votadas, tendo ambas as propostas sido rejeitadas pelo presidente da distrital. Vasco Cunha diz ter cumprido com o que havia sido aprovado em assembleia distrital, pelo que decidiu enviar para Lisboa uma lista com os 23 nomes propostos por várias estruturas do partido. Contestando a metodologia utilizada, António Campos, que integrava o conjunto de 23 nomes apresentados pela distrital à direcção nacional do partido, rejeitou um lugar na segunda metade da lista do PSD por Santarém às próximas legislativas. Desse 23 nomes faziam parte todos os outros militantes que tinham sido propostos pelo seu grupo, que englobava dirigentes das concelhias de Tomar, Ourém, Benavente, Barquinha, Golegã, Abrantes, Salvaterra de Magos, Chamusca, Entroncamento, Ferreira do Zêzere e Sardoal. “Foi uma lista feita por uma só pessoa”, diz, criticando o líder da distrital, Vasco Cunha.Vasco Cunha refuta a crítica lembrando que a lista final proposta ao conselho nacional saiu desses 23 nomes e foi discutida por ele, pelos vice-presidentes da distrital Octávio Oliveira e Isaura Morais, pelo secretário-geral do partido Miguel Relvas e pelo líder parlamentar do PSD Miguel Macedo. Acrescenta que os 23 nomes, de onde saíram os 10 candidatos efectivos, foram sugeridos pelas várias concelhias do PSD ou por estruturas do partido como a ASD – Autarcas Social-Democratas, TSD e JSD, como aliás tinha ficado definido em assembleia distrital.António Campos, militante em Santarém, lamenta que a lista não tenha saído de um consenso regional, como aconteceu no passado, e responde a O MIRANTE que nem o facto de a lista integrar alguns nomes propostos pelo grupo que liderava modera o seu desagrado. Na segunda metade da lista de candidatos efectivos – e teoricamente fora dos lugares elegíveis - estão Maria Isilda Aguincha (Entroncamento) no sexto lugar, Sónia Ferreira (Benavente) em oitavo e João Leite (JSD – Santarém) em nono que integravam o grupo de António Campos. João Lopes Candoso (Rio Maior) em sétimo e António Nobre (Torres Novas) em décimo completam a lista aprovada pelo conselho nacional do PSD.A lista de António CamposA lista proposta para votação na reunião da comissão política distrital do PSD era liderada por António Campos e integrava, por ordem decrescente até ao décimo lugar os seguintes nomes: João Moura (Ourém); Maria Isilda Aguincha (Entroncamento); João Leite (JSD-Santarém); José Delgado (Tomar); Sónia Ferreira (Benavente); Luís Valente (Barquinha); Carlos Simões (Golegã); Manuela Ruivo (Abrantes); Luís Melancia (Salvaterra de Magos).