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Troca de acusações na apresentação das contas de 2010 da Câmara de Ourém

Montante da dívida do município no final de 2010 cifrava-se nos 37,7 milhões de euros
Não foi pacífica a apresentação do relatório de gestão e prestação de contas do município de Ourém do ano económico de 2010. A oposição PSD criticou os aumentos dos custos em sectores como a publicidade ou honorários e a maioria PS lembrou que andou a pagar dívidas feitas pelos líderes anteriores. Na troca de acusações, o presidente do município, Paulo Fonseca (PS), referiu que as afirmações dos social-democratas eram “escandalosas”, “mentirosas” e “mal intencionadas”. A oposição PSD lamentou a forma como Fonseca respondeu à declaração de voto. O documento foi aprovado pela maioria socialista, com voto contra dos três vereadores do PSD. Na declaração de voto do PSD, lida pelo vereador Luís Albuquerque, é referido que as contas vêm “provar que as preocupações e as dúvidas que fomos suscitando ao longo do ano de 2010 eram pertinentes, pois algumas das rubricas de custos, apresentam valores inaceitáveis”. Segundo o PSD, em publicidade houve um aumento de 662,93 por cento, passando de 8687,40 euros para 66279 euros. Os trabalhos especializados subiram 141,11 por cento, os custos com pessoal dos órgãos autárquicos, com deslocações e estadas onde se incluem as viagens, portagens, refeições subiram 79,84 por cento, os honorários, onde se inclui os trabalhos efectuados para a câmara em regime de avença (advogados, engenheiros, arquitectos, etc.), subiram 462,57 por cento.Os vereadores da oposição deram ainda outros exemplos de aumentos, como os custos correntes (mais 24,37 por cento) ou os resultados operacionais negativos (mais 59,74 por cento). “O resultado líquido do exercício é negativo e tem um agravamento de 96,09 por cento passando de 2.456.249,12 euros para os 4.816.456.24 euros o que representa um acréscimo de 2.360.207,12 euros. Se estivéssemos perante a apresentação de contas de uma empresa este valor (4.816.456,24 euros) seria o prejuízo que a mesma apresentava no final do exercício”. As dívidas a terceiros a curto prazo aumentaram 31 por cento e o valor das dívidas actuais do município encontra-se nos 37 milhões e 700 mil euros, um aumento de 5,6 por cento. Paulo Fonseca mostrou-se indignado por “ouvir tanta mentira”, considerando o documento do PSD “falso, mentiroso, demagógico e mal intencionado”. Luís Albuquerque e o vereador Vítor Frazão (PSD) lamentaram a linguagem do presidente, referindo o último que as afirmações mais intempestivas de Paulo Fonseca começam a denegrir a sua imagem. Os vários elementos do executivo socialista referiram que herdaram um município com muitos encargos e que têm estado a pagar as dívidas dos seus antecessores. “Estamos a resolver problemas. Ganhámos em eficiência”, comentou o vereador José Alho (PS).

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