Centro Gastronómico de Povos à espera de novo projecto
Candidatura do projecto inicial a fundos comunitários não foi aprovada
As obras do Centro Gastronómico de Povos, em Vila Franca de Xira, estão com dois anos de atraso e sem conclusão à vista, ao contrário do que os autarcas da freguesia tinham prometido. O presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, José Fidalgo (PS), admitiu na noite de 18 de Abril, durante a assembleia de freguesia, que o projecto do centro vai ter que ser reformulado.“Foi apresentado um projecto a fundos comunitários que não foi aprovado, era um projecto que previa a recuperação do edifício, hortas sociais e a recuperação do polidesportivo existente em Povos. Mas tal não foi possível e agora temos de pensar se esta é a melhor altura para o fazer”, afirmou o autarca, que admitiu publicamente que as obras do centro estão “muito atrasadas”.José Fidalgo, recorde-se, tinha dado como certa a inauguração do centro – que iria custar 230 mil euros - em vários momentos diferentes, tal como O MIRANTE noticiou, primeiro no final de 2009 e depois em 2010. Nenhuma das datas foi cumprida. “Gostávamos que o projecto inicial tivesse sido aprovado, mas não foi. Por isso decidimos fazer um novo projecto, que estamos a avaliar e a aguardar um parecer do Ministério da Educação. Tínhamos um acordo firmado com o Centro de Formação de Alverca para iniciar no próximo mês de Maio uma acção de formação e dificilmente iremos conseguir responder”, lamentou. O autarca respondia a um conjunto de questões colocadas pela bancada da CDU, que recorreu a actas de antigas sessões da assembleia de freguesia para interrogar o presidente, “com verdade, sobre quando vai este centro abrir”, questionou Carlos Romano (CDU). Na resposta José Fidalgo garantiu que os equipamentos já lá instalados “não se estragam” e que o projecto a nascer vai ser feito “com os pés bem assentes no chão e num formato mais adequado”, ficando no ar a perspectiva de que não abrirá portas num futuro próximo.O centro gastronómico de Povos, recorde-se, deveria ter sido adaptado do antigo clube de Povos e iria servir refeições a um euro e meio aos mais carenciados. O projecto pretendia potenciar a formação na área da cozinha aos formandos do programa Novas Oportunidades e o primeiro piso deveria ter duas salas de formação para 18 e 32 formandos, uma cozinha e uma zona de serviço de mesa.
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