Joaquim Saramago, presidente da Adega Cooperativa de Alcanhões e da Junta de Freguesia de Achete, aposta na publicidade na imprensa regional e na participação em eventos da área como forma de promoção do seu produto. É desde há pouco tempo parceiro da Nersant, o que lhe vale mais visibilidade e acesso a mais eventos. “A publicidade está cara, por isso também não se pode fazer muito mais”, defende.Joaquim Saramago tem tentado apostar também no mercado internacional. Até ao momento, Alemanha, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo e mais recentemente Brasil, uma grande aposta, fazem parte do leque de exportações. “Não custa nada vender o vinho, o problema é receber por ele”, lamenta.A venda de vinho em garrafa é o mais difícil, ainda assim aumentou 55% nos últimos dois anos. “Falta mercado para vender em garrafa porque, hoje em dia, qualquer pessoa o consegue fazer”, analisa. A Adega Cooperativa de Alcanhões já só comercializa vinho em bag-in-box e garrafa. “O garrafão começou a ser um problema por causa das lavagens e o bag-in-box tem a vantagem de ser asseado e permitir a conservação do vinho por um maior período de tempo”, explica. Admite que o vinho em garrafa normalmente tem uma qualidade superior, mas nem sempre. É mais pela imagem”, assegura.Apreciador de vinho, costuma beber o seu copo à refeição e tem preferência pelo tinto Adiafa Especial. Joaquim Saramago afirma notar um aumento de consumo de vinho nas camadas mais jovens embora não saiba explicar bem porquê. “Penso que pode ser pelo preço, visto que uma imperial é bem mais cara que um copo de vinho. Mas também pelo aumento da qualidade dos vinhos. Já não é tanto aquele vinho de taberna como havia antigamente”, considera.