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Apresentação dos médicos nos hospitais públicos

Já tenho reparado que nos hospitais públicos os médicos andam muitas vezes sem bata ou com a bata desapertada, vestida às três pancadas. Curiosamente isso não se passa com as enfermeiras nem com as auxiliares, que são obrigadas, presumo eu, a andarem devidamente uniformizadas e identificadas. Quanto a mim, para além de existir uma clara diferenciação em termos regulamentares em relação às pessoas que trabalham nos hospitais, existe um certo desleixo que não abona a favor dos médicos.Este assunto tem que ser encarado com seriedade. Um doente não pode estar num hospital e não ter meios para perceber se aquele homem que entrou no serviço de calças de ganga e sapatilhas com um estetoscópio ao pescoço - que muitas vezes nem diz bom dia nem boa tarde a quem está, o que é sinal de falta de educação - é o médico ou um qualquer maluco a fazer-se passar por médico.Infelizmente o que se passa com os médicos passa-se com muitas outras profissões onde o uso de um uniforme é obrigatório. Na tropa a primeira coisa que todos querem, é ganhar direito a entrar e sair das unidades à civil. Está mal! Quem vai para a tropa deveria saber que a farda é um elemento distintivo. Se não aceita deve ir para outra profissão. Os padres têm autorização para deixarem de usar sinais identificativos da sua qualidade. Está mal! Quem vai para padre tem que aceitar as regras. E a igreja católica - que muitas vezes se preocupa tanto com o vestuário dos fiéis - deveria impô-las. Embora o futebol não seja muitas vezes exemplo é de destacar que já não se vêem jogadores em campo com as meias caídas porque os árbitros fazem cumprir as regras. E se alguns ainda jogam com as camisolas fora dos calções isso foi atenuado com as alterações feitas no talhe dos equipamentos.Liberdade para usar o vestuário que queremos eu aceito. Desleixo de quem deveria apresentar-se devidamente uniformizado ou vestido de acordo com as regras das instituições onde trabalha eu não posso aceitar e nesse aspecto Portugal é um país desleixado. Depois andam para aí todos preocupados com o vestuário que os adolescentes levam para as escolas. Manuel João Felicidade Barrento

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