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Associação Cidade Ferroviária corta relações com CLAC e ataca o seu presidente a nível pessoal

É deplorável a forma como uma Instituição – Associação Desportiva Cidade Ferroviária do Entroncamento - ADCFE - expõe, à comunidade local, a sua falta de classe e a sua brejeirice, na iniciativa, pelo visto discutida e aprovada por todos os Órgãos Sociais, de cortar relações com outra Instituição - CLAC -, da pequena cidade do Entroncamento. Através de um comunicado que devia encalistrar os seus signatários, a ADCFE não se limita a enumerar as razões para tão radical decisão. Ao invés, envereda por um chorrilho de ataques pessoais ao presidente do CLAC, baralhando o plano desportivo com a actividade política, num desnorte que só será entendível à luz da instabilidade que crispa a Direcção da ADCFE e, por via disso, lhe tolhe a lucidez e a decência. É inaceitável destilar tanto fel numa pessoa que, até pela função que cumpre no CLAC, merecia maior respeito e melhor relação.Pelo que se infere do comunicado da ADCFE, a sua elaboração foi autorizada pelos Órgãos Socais da Instituição e, desse modo, a responsabilidade do seu conteúdo deve ser assacada aos ditos, até porque o documento está escrito na primeira pessoa do plural.A forma malcriada como o texto foi construído, envia para a periferia da discussão o essencial da sua intenção e centra-a à volta dos termos inusitadamente agressivos, ali expressos. Se a análise do documento for feita com algum cuidado, poderemos ser tentados a pensar que quezílias pessoais enviaram para as calendas o pudor, o recato e a prudência e fomentaram o rancor e a repulsa, em forma de comunicado.Surpreende que a decisão de cortar relações com o CLAC tenha sido tomada, depois de muita ponderação. É que não só a decisão, em si, parece reflectir alguma precipitação, como as razões que a sustentam não justificam tamanha irredutibilidade. Por muita razão de queixa que a ADCFE possa ter do presidente do CLAC, não deveria confundir as relações, a que deveria estar obrigada institucionalmente, com ataques de índole pessoal que, pela indignidade dos termos utilizados, lhe retira qualquer possibilidade de se manter no arco da razão.Por muita razão que a ACDFE possa ter – confesso que não tenho conhecimento de facto para ajuizar sobre a razão da coisa – é, no mínimo, ignóbil especular sobre o comportamento de alguém, caso fosse eleito para um qualquer cargo político. Ajuizar sobre o carácter de alguém, usando a verborreia perceptível no comunicado da ADCFE, é não perceber que a razão, ainda antes da discussão factual, conquista-se pela fundamentação séria, idónea e educada da nossa argumentação.Francisco Gonçalves

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