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CDU diz que a gestão da câmara de Santarém tem sido “uma tragédia”

Moita Flores aconselhado a ir embora sem esperar pelo fim do mandato
A coordenadora de Santarém da CDU pediu ao presidente da câmara, Francisco Moita Flores, que “vá já escrever os seus romances e deixe de escrever a tragédia que está a afundar Santarém”, defendendo uma reestruturação da dívida do município.Em conferência de imprensa, na quinta-feira 21 de Abril, para analisar as contas de 2010 do município, a coordenadora da CDU, pela voz do ex-vereador na câmara de Santarém ,José Marcelino, assegura que a dívida cresceu 38,43 por cento em dois anos e que atinge 218 por cento do total das receitas, tendo atingido “um ponto dramático”.Para José Marcelino, a Câmara Municipal de Santarém (onde a CDU no actual mandato não possui qualquer vereador) deveria iniciar “já” um processo de reestruturação da dívida, sob o risco de perder a capacidade de liquidar a dívida de curto prazo e de realizar as obras financiadas pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).O ex vereador (actual adjunto do presidente da câmara de Alpiarça, autarquia que viu recentemente aprovado pelo Tribunal de Contas o seu plano de saneamento financeiro) sublinhou, em particular, o crescimento da dívida de curto prazo, que, disse, passou de 32 milhões de euros em 2008 para 41,7 milhões em 2010. “Isto apesar dos 23 milhões de euros recebidos em 2009 ao abrigo do Plano de Recuperação de Dívidas do Estado (PREDE), que vieram aumentar o valor em dívida a médio e longo prazo, mas não tiveram nenhuma relevância na descida da dívida de curto prazo”, disse.José Marcelino atribui o crescimento de 11,6 milhões de euros da dívida a curto prazo em 2009 ao “momento eleitoral” com “abundância festiva” que antecedeu as autárquicas desse ano.O deputado municipal Francisco Madeira Lopes referiu o “estrangulamento” das freguesias (com oito meses de atraso nas transferências de duodécimos), dos grupos e associações culturais e desportivas (com subsídios protocolados com mais de dois anos de atraso) e das associações de bombeiros voluntários do concelho (com vários milhares de euros em dívida). Apontou ainda as pequenas e médias empresas que dependem dos pagamentos da autarquia para sobreviverem, criticando Moita Flores por ter “sete vereadores a tempo inteiro, gestores de empresas municipais pagos principescamente” e por ter aumentado de forma “porventura insustentável” o quadro de pessoal e de assessorias.

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