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Sócrates interfere na lista por Santarém e cria mau ambiente na distrital socialista

Sócrates interfere na lista por Santarém e cria mau ambiente na distrital socialista

Sónia Sanfona desiste de ser candidata e o cabeça de lista António Serrano apela à união

A governadora civil pediu para ser retirada da lista onde ocupava o sexto lugar e o presidente da distrital diz que está disponível para se demitir após as eleições.

Pela segunda vez que o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, José Sócrates, interfere na constituição das listas de candidatos a deputado pelo distrito há confusão. Agora foi a actual governadora civil que estava em sexto lugar da lista que pediu ao presidente da distrital socialista, Paulo Fonseca, para que o seu nome fosse retirado. Na base das discórdias internas está a imposição por parte de Sócrates do professor universitário João Galamba que não tem ligações ao distrito e vai num elegível terceiro lugar. O próprio líder da distrital também não gostou da interferência e já anunciou que está disponível para se demitir a seguir às eleições de 5 de Junho. Nas eleições de 2009 foi também a imposição do nome de Galamba por parte de Sócrates que caiu mal aos militantes do distrito, ainda para mais porque nessa altura o secretário-geral do partido insistiu em escolher três nomes para a lista, quando o habitual era serem dois. Paulo Fonseca mandou desta vez uma carta aos militantes a pedir a união na campanha eleitoral, mas não deixou de fazer alguns desabafos em relação às opções da direcção do partido. Confrontado por O MIRANTE, Fonseca que é também presidente da Câmara de Ourém, assume que está disponível para colocar o seu lugar de presidente da distrital do PS à disposição e para discutir todo o processo de constituição das listas. Paulo Fonseca e o cabeça de lista António Serrano, ministro da Agricultura, acompanhados por alguns candidatos entregaram na terça-feira de manhã a lista no Tribunal de Santarém. Na altura Serrano desvalorizou a situação dizendo que essas situações estão ultrapassadas e fazem parte da discussão política. “O que é de registar é a capacidade que o partido tem para perante múltiplas opções poder encontrar em cada momento a solução que é melhor”, salientou. Em relação à saída de Sónia Sanfona considerou que “não devemos concentrar a nossa acção no passado. Temos é que arranjar soluções para o país e não naquilo que são os episódios normais de qualquer partido político”. António Serrano destacou ainda que o seu objectivo é o de conseguir “uma votação expressiva e que recupere alguns votos perdidos nas anteriores eleições” no distrito de Santarém. Quanto ao facto de vir quebrar a tradição do distrito apresentar como cabeça de lista Jorge Lacão, que agora vai na lista por Lisboa em quarto lugar, o ministro da Agricultura referiu que tem muita consideração por Lacão considerando que ao longo dos anos fez um bom trabalho na região, ao qual quer dar continuidade. Questionado sobre ter como adversário o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, que encabeça a lista do partido por Santarém, Serrano entende que todos os candidatos estão “em pé de igualdade”. “É um sinal importante de cidadania quando alguém decide integrar uma lista e vamos ter oportunidade de confrontar as ideias que temos para o país e para o distrito”, argumentou terminando a felicitar todos os candidatos de todos os partidos.
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