Vontade para levantar de novo o esplendor de Portugal em Vila Franca
Sessão solene do 25 de Abril marcada por discurso de “esperança”
Maria da Luz Rosinha citou José Saramago na cerimónia que assinalou o 25 de Abril, na Póvoa de Santa Iria. A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira lembrou que o Nobel introduziu uma ideia nova para além da “esperança” quando disse que a última coisa a desprender-se do homem era vontade. “Tenhamos nós vontade de levantar de novo o esplendor de Portugal como diz o nosso hino”, exortou.
A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, a socialista Maria da Luz Rosinha, pediu “vontade” para voltar a animar Portugal na sessão solene comemorativa do 25 de Abril que decorreu no quartel do Corpo Voluntário de Salvação Pública da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira. A iniciativa contou com muitos discursos alusivos à grave crise pela qual Portugal está a passar mas foi a CDU que se revelou mais crítica em relação à política que tem sido seguida pelo executivo municipal. “Depois do processo de desindustrialização ocorrido nas últimas décadas, Vila Franca de Xira baseou a capacidade de atracção económica na logística e na expansão do parque habitacional, não promovendo a inovação tecnológica e social ou a melhoria das condições da comunidade”, apontou o eleito da CDU, Luís Capucha, acrescentando que o concelho não consegue contrariar a actual situação que se vive no país. Maria da Luz Rosinha reforçou que a autarquia continua a apoiar os mais necessitados, desenvolvendo ao mesmo tempo grandes obras necessárias. A autarca destacou o Centro de Saúde de Vila Franca de Xira, a requalificação da zona ribeirinha, a modernização do parque escolar, e já na Póvoa de Santa Iria, a nova esquadra da PSP e o alargamento do ensino secundário. “Lutamos diariamente por muitas outras obras, sendo a maior de todas a construção do novo hospital de Vila Franca de Xira que viu o visto concedido pelo Tribunal de Contas em Abril, o que não deixa de ser curioso”, acrescentou.Da bancada socialista veio também, pela voz de Paulo Afonso, um discurso optimista: “Hoje podemos afirmar com certeza que continuamos a concretizar os objectivos de Abril num programa aberto, dinâmico, democrático, em diálogo com as populações e com as forças vivas da sociedade civil. Todos os dias são dias para cumprir Abril, legando à nossa juventude um Abril mais justo, mais solidário e mais próspero”. O representante da Coligação Novo Rumo, Rui Rocha, aproveitou o momento para dizer que “Portugal é hoje um país triste, empobrecido e sem esperança” e apelou ao voto dos portugueses nas próximas eleições. “Para ultrapassar a crise em que estamos são precisas políticas firmes e corajosas que contribuam para os interesses legítimos dos portugueses”, proferiu João Machado, do Bloco de Esquerda, para quem a “liberdade, a democracia e a justiça social em conjunto com o conhecimento são pilares fundamentais”. Mesmo a terminar a sessão, Maria da Luz Rosinha citou José Saramago que introduziu uma ideia nova para além da “esperança” quando disse que a última coisa a desprender-se do homem era a vontade. “Tenhamos nós vontade de levantar de novo o esplendor de Portugal como diz o nosso hino”, concluiu.
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