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Isaura Morais explica “investimento fictício” na Desmor e irrita vereadores do PS

Socialistas abandonam reunião da Câmara de Rio Maior quando Isaura Morais deu a palavra a administrador da empresa municipal
A presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), reiterou na última reunião do executivo que a a autarquia, no anterior mandato, de gestão socialista, realizou um “contrato de investimento fictício com a empresa municipal Desmor” para acorrer ao pagamento de despesas correntes no ano de 2007.Baseando-se nas conclusões da auditoria realizada pela empresa BDO às contas da empresa municipal e do município, Isaura Morais reiterou ao vereador do PS, Carlos Nazaré, a afirmação feita durante a assembleia municipal de 30 de Abril quando o PS acusou a autarca de estar a gastar mais dinheiro com a Desmor que no último mandato socialista.Carlos Nazaré levantou a questão para que Isaura Morais precisasse a “acusação” mas acabou por “explodir” quando a edil deu a palavra ao administrador-executivo da empresa, Carlos Coutinho, para explanar os números. Carlos Nazaré solicitou a Isaura Morais que agende para a próxima reunião o assunto e lhe dê acesso aos documentos. “Ou mantém a frase que alguém assinou na câmara e na Desmor contratos fictícios e vai denunciar isso ao Ministério Público (MP) ou, se não o fizer, somos nós que vamos fazer uma denúncia ao MP por difamação. Queremos ver os documentos porque estamos a falar do bom-nome das pessoas e das instituições. Quem vai falar nessa reunião são os senhores vereadores e a senhora presidente”, disse em tom afirmativo. Mas Isaura Morais deu de imediato a palavra a Carlos Coutinho e os três vereadores do PS abandonaram a sala e a discussão do assunto quando ainda decorria o período antes da ordem do dia.Sobre o contrato-programa, Carlos Coutinho explicou que a Desmor incluiu nas suas contas de 2007 o contrato-programa com a autarquia para as reparações do piso do pavilhão desportivo, relvados, centro de estágio e casa das máquinas das duas piscinas, devido aos danos causados pelas cheias de Outubro 2006, no valor de 211.750 euros. Uma ocorrência pela qual a empresa municipal recebeu ainda 79 mil euros de seguro e 24 mil euros para adaptação do centro de estágios para delegação de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto do Desporto. As contas de 2007 da empresa evidenciam, segundo Isaura Morais e Carlos Coutinho, investimentos concretizados de pouco mais de 148 mil euros, ficando a sobrar de 167 mil euros que a empresa recebeu e que não figuram nos investimentos. Reforçou Isaura Morais que a questão apenas se baseia nas conclusões da auditoria, que sustenta não existir relação directa entre o subsídio atribuído e o investimento realizado.

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