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Jovem tomarense lança livro sobre o mundo do fantástico

Jovem tomarense lança livro sobre o mundo do fantástico

Rodrigo Nicolau de Almeida escreveu “Projecto Frâncio” ao longo de ano e meio
“Na hora do seu nascimento, naquele exacto momento entre a gestação e a vida na sua forma real, crêem que Friedrich Nietzsche pensava no eterno retorno?”, assim começa “Projecto Frâncio”, um livro de Rodrigo Nicolau de Almeida, jovem de apenas 15 anos que apresentou a obra no sábado, 14 de Maio, na Estalagem de Santa Iria, em Tomar. Um livro lançado pela Papiro Editora cuja forma e conteúdo se pode incluir no campo do fantástico. Conspirações internacionais de dominação planetária, seres robotizados e criaturas mutantes são alguns ingredientes da primeira obra do autor que, de acordo com a editora, “espanta pela qualidade e criatividade”. Acompanhado pelos pais, colegas, amigos e professores da Escola Secundária Santa Maria do Olival, onde frequenta o 10.º ano de Línguas e Humanidades, o autor disse que o título não se explica. Foi escolhido porque achava que ia ficar no ouvido e, mais tarde, optou por não mudar. Foi o amigo Diogo João Duarte que apresentou a obra de Rodrigo Nicolau de Almeida, filho de Eugénio Pina de Almeida, actual presidente do Instituto Politécnico de Tomar. “É um bom livro para pessoas que gostam de sofisticação”, disse o jovem apresentador referindo que mostra que a realidade é como uma cebola, com camadas. Rodrigo Nicolau de Almeida disse que começou a escrever o livro em Março de 2009 e foi tocar num universo de dimensão fantástico que, durante um ano e meio, atravessou três gerações de uma família. A decisão de publicar o que escreveu em livro surgiu quando, ao participar numa comunidade virtual de escritores brasileiros, lhe sugeriram isso. Desde muito novo que o jovem revelou paixão pela literatura, fazendo da leitura a sua principal ocupação. Para além da leitura demonstra interesse pela música, cinema e artes plásticas. “Vivi, com a mesma intensidade das minhas personagens, as suas desventuras. Ao mesmo tempo que iam mudando tornavam-se mais revoltadas e mais enraivecidas com a vida e o seu destino, tornava suas as minhas angústias. Ou será que seria o contrário?”, explanou Rodrigo Nicolau de Almeida classificando a sua obra como uma “alegoria à morte”. Acrescenta que o livro tem cinco capítulos e todos eles fazem piadas com a morte. Porquê? “Não consigo trabalhar mais de um, dois meses com as mesmas personagens. Então, só me resta matá-las”, diz meio a sério, meio a brincar, o jovem que tem no existencialista contemporâneo Milan Kundera o seu autor preferido.
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