O descerramento de uma placa com os nomes da primeira direcção da Cooperativa Agrícola dos Produtores de Sal de Rio Maior, datada de 9 de Junho de 1979, liderada por João Afonso Calado da Maia, foi um dos actos que marcou a homenagem pública realizada na sede da cooperativa, nas Marinhas do Sal. Sucedeu-se a sessão solene, na sala de cooperativa, onde se destacam duas fotografias, uma de João Calado da Maia, presidente da assembleia geral entre 12 de Outubro de 1986 e 19 de Dezembro de 2004, e a de Casimiro Fróis Ferreira, presidente da direcção entre 20 de Julho de 1983 e 12 de Dezembro de 2010.José Casimiro, responsável da organização, afirmou que, “desde a sua fundação, esta cooperativa, apesar dos fracos recursos e das dificuldades, tem vindo a crescer e a desenvolver-se de tal forma que é hoje uma referência a nível nacional e internacional”. Nas suas palavras, o sucesso deve-se a todos os que ali trabalham e trabalharam, em particular os sócios fundadores João Calado da Maia e Casimiro Ferreira que, durante 32 anos, lhe dedicaram grande parte das suas vidas. O antigo presidente da Direcção, Casimiro Fróis Ferreira, recordou aos presentes os tempos difíceis vividos pelos salineiros e pelos proprietários antes da constituição da cooperativa. “Metemos mãos à obra, unimo-nos todos para começar a desenvolver a cooperativa”, confessou o fundador, sem esquecer que as modernas técnicas aplicadas nas salinas levaram ao aumento da produtividade e da comercialização do sal. João Afonso Calado da Maia fez o historial da “maior jóia do concelho de Rio Maior”, desde 1177, data do documento mais antigo que se conhece referente às salinas. “Quero saudar os salineiros, esses heróis que aqui trabalharam com muita força, muito entusiasmo e muito esforço físico. São dignos do nosso agradecimento e da nossa celebração”, partilhando com os trabalhadores das Marinhas do Sal o êxito da cooperativa e a homenagem. Durante a cerimónia foi cumprido um minuto de silêncio em nome dos colaboradores já falecidos.Em nome do município, a presidente da câmara Isaura Morais lembrou que ali nasceu, na Fonte da Bica. “Enquanto autarca tentarei fazer sempre os possíveis para melhorar cada vez mais este que é o brilho do nosso concelho”, afirmou, mostrando-se disponível para continuar a trabalhar em prol do progresso turístico das salinas e ajudar na gestão daquele património nacional.A autarca lembrou que se pretende implementar um plano de pormenor para a área das salinas, permitindo a sua “salvaguarda, a valorização e depois divulgação deste património, como alavanca turística do concelho”.