Torres Novas e Entroncamento com novos médicos em Junho
O anúncio foi feito durante a assinatura de “cartas de compromisso” das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados
Clínicos colombianos já receberam formação em informática, tiveram aulas de português e fizeram exames na Ordem dos Médicos.
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Serra D’Aire, que agrega os Centros de Saúde de Alcanena, Entroncamento, Ourém, Fátima e Torres Novas vai contar com quatro novos médicos - três colombianos e um português - dentro de 15 dias disse a O MIRANTE Pedro Marques, director executivo do agrupamento. Três dos clínicos vão trabalhar no concelho de Torres Novas e um no Entroncamento, por um período mínimo de três anos. “Contamos com o apoio das autarquias para criar condições para que se fixem e depois vamos ter um período de adaptação de 15 dias, durante o qual vamos tê-los sentados ao lado dos nossos médicos para que se familiarizem com o ritmo e a rotina de prática de consultório”, disse o responsável, considerando que com esta solução o agrupamento “não é o que fica pior” no conjunto da região. Segundo disse, estes clínicos da América do Sul já receberam formação em informática, tiveram aulas de português e fizeram exames na Ordem dos Médicos. O anúncio foi feito no dia 19 de Maio, na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Riachos - Torres Novas, onde foram assinadas “cartas de compromisso” com os coordenadores de seis Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados que visam responsabilizar o trabalho de todos os profissionais que ali desempenham funções. “Negociamos um conjunto de indicadores, nacionais, regionais e locais, que achamos que era importante monitorizar tais como taxas globais de consultas médicas, taxas de referenciação, utilização de consultas de âmbito familiar, cobertura do plano nacional de vacinação, realização de rastreios do cancro da mama ou do cólon do útero”, explicou Pedro Marques, acrescentando que para cada indicador foram definidas metas observadas mensalmente. “O nosso financiamento passa a depender de termos ou não termos conseguido atingir com satisfação os indicadores que contratualizamos”, explicou o responsável. Também os prémios que podem vir a ser atribuídos às unidades, como a melhoria das instalações, novas salas ou a instalação de ar condicionado vai ser destinado às unidades que tiverem mais sucesso. “As pessoas investem mas depois vêem os resultados a acontecer nas unidades”, sintetiza. No final da sessão, Pedro Marques acrescentou que vai estar ausente de funções durante um mês uma vez que vai frequentar um programa de intercâmbio onde participam 200 dirigentes europeus de unidades de saúde, sendo substituído nesse período por José Oliveira, director do serviço clínico deste ACES. Apesar de não adiantar muitos pormenores, outra novidade dada por Pedro Marques nesta sessão foi a de que o ACES avançou com uma candidatura com vista à abertura da Unidade de Saúde Familiar “Almonda”, em Torres Novas, que deverá entrar em funcionamento até final do ano.
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