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Distrito de Santarém costuma ser “barómetro” dos resultados eleitorais nacionais

É o único distrito dos mais pequenos onde os cinco partidos com assento parlamentar elegeram deputados
Um “microespelho do país”, o distrito de Santarém é o único cujos resultados nas eleições legislativas acompanham o resultado a nível nacional, servindo de “barómetro” nas previsões eleitorais. “O distrito de Santarém é uma boa amostragem do país em várias áreas de actividade, nos estratos sociais, na literacia”, disse o cabeça de lista do Partido Socialista pelo distrito, António Serrano.Miguel Relvas, cabeça de lista pelo Partido Social Democrata, reforçou a ideia de que o distrito de Santarém é “Portugal em ponto pequeno”, pois, sendo o segundo com maior número de municípios (a seguir a Viseu), tem agricultura, indústria, serviços, com vários pólos aglutinadores “que se equilibram por igual”.Para o cabeça de lista do Bloco de Esquerda, José Gusmão, uma explicação para esta representatividade política do país pode ser a diversidade do território entre o urbano e o rural, a grande diversidade social e a própria situação geográfica do distrito, situado no centro do país e com as mesmas diferenças Norte/Sul, litoral/interior.Filipe Lobo d’Ávila, primeiro candidato do CDS/Partido Popular pelo distrito, referiu precisamente as diferenças existentes entre os 21 concelhos, “todos diferentes e com realidades que retratam o que o país é”.“É uma questão de sociologia e geografia eleitoral”, rematou o cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU), António Filipe, referindo igualmente o facto de o distrito se situar no centro do país e de espelhar a realidade nacional, com os concelhos a norte mais de pinhal e os a sul “praticamente alentejanos”, com zonas urbanas e zonas rurais, reunindo várias realidades que se reflectem na própria disparidade eleitoral.Nas eleições legislativas de 2009, o PS venceu no distrito de Santarém, com 33,7 por cento dos votos (obteve 36,55% a nível nacional), seguindo-se o PSD com 26, 97 por cento (29,11% a nível nacional). Foi também o único distrito dos mais pequenos (à excepção de Lisboa, Porto, Braga e Setúbal) onde os cinco partidos com assento parlamentar elegeram deputados.O Bloco de Esquerda foi a terceira força mais votada, com 11,91 por cento dos votos (foi a quarta a nível nacional, com 9,82%), seguindo-se o CDS/PP, com 11,22 por cento (o terceiro a nível nacional, com 10,43%), e a CDU, com 9,26 por cento dos votos (7,86 a nível nacional). E se em 2002 o distrito não mostra a cor laranja no mapa eleitoral, a verdade é que a vitória do PS sobre o PSD foi de apenas 0,25% (38,37 contra 38,12 por cento), num ano em que, a nível nacional, o PSD venceu ao PS por 40,21 por cento contra 37,79 por cento.

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