O executivo da Câmara de Rio Maior aprovou a actualização dos valores a transferir para as juntas de freguesia do concelho ao abrigo do protocolo de delegação de competências em vigor desde Abril de 2010 e válido até ao final do actual mandato autárquico. No global, a câmara vai transferir para as freguesias 617.560 euros para que estas assegurem serviços ou obras da responsabilidade do município, como os transportes escolares, limpeza e manutenção de escolas primárias e jardins de infância, apoio às refeições do ensino básico, conservação de estradas, caminhos e pontes, entre outros.Na última reunião do executivo, a presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), referiu que pretende começar a transferir verbas para as freguesias de modo a que no final do ano estejam pagos os valores acordados, tal como aconteceu em 2010.Os valores a atribuir durante 2011 a cada junta de freguesia são os seguintes: Alcobertas (69.079 euros); Arrouquelas (44.216); Arruda dos Pisões (40.630); Asseiceira (41.160); Assentiz (45.756); Azambujeira (33.982); Fráguas (33.122); Malaqueijo (30.146); Outeiro da Cortiçada (33.051); Ribeira de São João (31.807); Rio Maior (87.820); São João da Ribeira (47.790); São Sebastião (44,256); Vila da Marmeleira (34.745).Autarcas aprovam com reservasDurante a sessão da assembleia municipal de sábado, os protocolos com as juntas de freguesia foram aprovados por unanimidade mas alguns autarcas, de diferentes cores políticas, pediram a Isaura Morais que apresse o pagamento.Amélia Simão (PS), de Assentiz, lembrou que se as verbas não são pagas em breve será impossível pagar aos funcionários da junta e ao técnico municipal que presta serviço no Centro de Estar da freguesia. Pela Junta de Arruda dos Pisões, Norberto Marques (PSD) disse que é preciso dinheiro para a junta de freguesia funcionar, enquanto em nome da Junta de Rio Maior, Filipe Santana Dias (PSD) elogiou o executivo por manter os montantes pagos em 2010 “quando seria fácil rever o protocolo”, apesar de constatar a necessidade de proceder à urgência de pagamentos e de aumentar as competências delegadas. Mais cáustico foi o autarca de Asseiceira, Augusto Figueiredo (CDU), que perguntou à presidente se sabia o que é estar sem receber há seis meses e ter que fazer trabalhos que são competência do município. “Relevo o esforço da câmara em manter as verbas do ano passado e dou valor à palavra, se tudo for cumprido. Mas as juntas querem novas competências, para fazer arruamentos, novas pontes, ter recursos humanos e uma distribuição mais equitativa de homens e máquinas”, referiu.Isaura Morais ouviu todos mas anteriormente já tinha sublinhado o esforço feito na actualização dos valores dos protocolos com as juntas de freguesia. “Esperamos chegar a 31 de Dezembro de 2011 com as verbas todas liquidadas”, referiu a autarca.