Moradores da estrada da Minhola pedem que o piso seja arranjado
Residentes estão revoltados com a câmara que ainda não resolveu o problema
Os residentes da estrada da Minhola, em Benavente, estão revoltados com o estado em que se encontra o arruamento, queixam-se do pó e da lama e acusam a câmara municipal de ignorar as queixas de quem ali vive.A via de terra batida, que une a estrada do miradouro à rotunda do parque industrial de Vale Tripeiro, é usada com frequência por vários condutores que querem atalhar caminho e por camiões que acedem às zonas industriais. A sua passagem, muitas vezes a alta velocidade, levanta uma espessa camada de pó que está a prejudicar a qualidade de vida aos moradores das quase duas dezenas de habitações localizadas à beira da estrada.“Sofro com isto há quase cinco anos mas há aqui gente que mora neste local há mais tempo. Eu vivo como um morcego porque tenho de ter a casa sempre fechada e andar com as luzes acesas dia e noite. Não podemos estender uma peça de roupa na rua, não podemos estar no jardim nem ter as persianas abertas porque o pó infiltra-se por todo o lado”, queixa-se José António Azevedo, morador, ao nosso jornal. “Se estiver mais de quatro dias sem limpar a casa consigo escrever letras em cima dos móveis com o meu dedo”, ironiza.Outro morador, Alfredo Guerreiro, confirma o problema. “Não podemos fazer nada porque fica tudo cheio de pó. Se lavar o meu carro de manhã quando chegar à noite está completamente branco, é inacreditável”, critica. Os moradores garantem que já levaram o assunto várias vezes à Câmara Municipal de Benavente e que esta tem conhecimento das queixas. Porém, até hoje, o problema permanece. Se no Inverno os incómodos são causados pela lama, de verão é o pó que não deixa ninguém respirar, tal como o nosso jornal apurou no local.“Dizem que a câmara argumenta que a estrada não é alcatroada porque ainda não temos saneamento básico. Isso não é verdade, a minha casa e outras daqui estão ligadas à rede”, explica José Azevedo.Contactado pelo nosso jornal o presidente do município, António José Ganhão (CDU), disse conhecer o problema mas assumiu que não há disponibilidade financeira para realizar uma intervenção no local. “Não estamos em condições de prometer nada face à actual conjuntura económica”, defende. Para o presidente uma solução temporária passaria pela rega frequente da estrada mas mesmo isso teria custos.“Andam sempre aí a fazer motocross e ainda fazem pior, passam sempre a altas velocidades”, queixa-se Lurdes Almeida a O MIRANTE. Quem vive na estrada da Minhola garante que “não quer uma estrada como em Cascais, com passeios e tudo”, mas apenas uma fina camada de alcatrão que acabe de vez com a poeira. “Já andei pela vila e não há caminho de cabras ou ruas sem saída que não estejam alcatroadas”, acusa outro morador. Os residentes garantem que se o problema não for resolvido em breve irão avançar com várias formas de luta, que poderão passar por um abaixo-assinado.
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