O vereador Rui Rei, da câmara municipal de Vila Franca de Xira, anunciou que o seu gabinete está de portas abertas a todos os munícipes que se queiram queixar da nova taxa que a empresa Lisboa Gás decidiu aplicar aos seus clientes. A câmara municipal ameaça recorrer aos tribunais para anular a aplicação da mesma. A toxicidade do assunto está a revoltar alguns cidadãos que já não podem com mais cortes, taxas e sobretaxas. Este não é o primeiro conflito entre a câmara e a empresa por causa da aplicação de taxas. O ano passado houve outro do género. A taxa que agora aparece na factura é resultado de uma alteração legislativa de 2008 que permite à empresa do grupo Galp Energia repercutir nos consumidores quaisquer taxas “independentemente da sua designação”. Pelo menos é isso que está a ser afirmado. Mas uma coisa é a lei e outra as interpretações que se podem dar à lei. E Rui Rei, confia nisso. Nisso e na força da pressão popular, aspecto que o aproxima dos eleitos da CDU. Para já o confronto é à boa maneira portuguesa. Palavras inflamadas do género: “agarrem-me se não eu parto-me todo!”, que ainda não fizeram explodir nada. Com o passar do tempo se irá ver se a taxa do gás chega aos tribunais como é prometido ou que continua nas canalizações e nas facturas. Aguardam-se também com expectativa as enchentes prometidas para o gabinete do voluntarioso vereador.