Parecem turistas, mas são quase todos habitantes do concelho de Vila Franca de Xira. De máquinas digitais em punho e olho de lince, perto de 60 fotógrafos amadores registaram os recantos de Alverca do Ribatejo. As máquinas disparam num frenesim. O encontro organizado pela “Tribo de Fotografia” começou para os mais corajosos às 6h30 de domingo, 11 de Setembro, dia em que se assinalou os 10 anos do atentado às torres gémeas de Nova Iorque. O passeio fotográfico começou no Casal do Adarse para fotografar o nascer do sol. Estava ainda a organização a tratar do “check in” e já eram muitos os que tratavam de perpetuar o mercado municipal de Alverca. Se uns focavam o relógio, as flores do pequeno jardim ou o candeeiro da rua, havia até quem andasse à procura das gotas de orvalho. Sem seguir um percurso rígido, o passeio teve como pontos principais o pelourinho, o núcleo do museu museológico, a parte velha da cidade, o jardim Álvaro Vidal, os Bombeiros Voluntários de Alverca e o Futebol Clube de Alverca. Se para os homens o caso era sério - mochilas carregadas de máquinas, objectivas e tripés - para muitas senhoras o encontro foi um pretexto para um passeio descontraído com mais conversa que disparos das máquinas fotográficas. Teresa Madaíl foi uma das participantes que veio mais pelo convívio, embora não deixasse de tirar fotografias aos motivos que mais gosta - pessoas e flores. “Gosto muito de fotografia, mas também de dar à língua”, confessa. Já Luís Marques veio equipado com a nova máquina que comprou há pouco tempo. “Estava a tirar uma fotografia ao nascer do sol e o flash levantou-se. Um colega é que me veio indicar que não estava a tirar bem”, revela. A manhã terminou com um almoço servido na Junta de Freguesia. Os participantes vão poder agora entregar a melhor fotografia até ao dia 19 de Setembro na junta para uma exposição. O passeio prolonga-se também pelas páginas do Facebook onde os participantes vão colocando as fotografias que tiraram. Todos passaram pelos mesmos locais, mas a julgar por algumas imagens já publicadas, cada um viu Alverca à sua maneira. Eduarda Sousa