Solicitador esteve 144 dias sem internet porque dados pessoais foram parar a outro cliente da PT
Nuno Machado tinha na conta de e-mail informações confidenciais de trabalho
Um solicitador de Santarém esteve 144 dias sem serviço de internet, no seu escritório, devido a um erro da Portugal Telecom (PT) que atribuiu os seus dados pessoais a outro cliente. A PT acabou por reconhecer o erro e ofereceu gratuitamente o serviço durante quatro meses como forma de ressarcir o profissional dos prejuízos. Nuno Machado tinha feito um contrato com a PT mas de um momento para o outro deixou de ter o serviço e depois de investigar o que se tinha passado descobriu que o número de contribuinte, o nome de utilizador e senha para aceder à internet tinham ido parar ao ficheiro de outra pessoa. Quando foi à loja da PT saber o que se passava foi-lhe dito que como Nuno Machado tinha pedido o serviço do Meo (serviço de televisão por cabo, telefone e internet da PT) cancelaram a sua conta de internet no Sapo (servidor através do qual acedia à internet). Como nunca tinha pedido o serviço Meo da PT não desistiu enquanto não descobriu a origem do problema. “Descobri que os meus dados tinham sido fornecidos a outro cliente ao qual deram o meu número de contribuinte. Isto é muito grave. Imaginem que este senhor agia de má-fé, se quisesse podia violar a minha correspondência electrónica que tem dados confidenciais dos meus clientes. É nas minhas contas de e-mail que estão todos os meus processos de trabalho”, explica a O MIRANTE visivelmente incomodado com a situação.Durante o tempo que esteve sem o serviço, Nuno Machado teve que usar um dispositivo móvel de acesso à internet para poder trabalhar. O solicitador agradece a atenção da empresa ao não cobrar o serviço depois de restabelecido durante quatro meses. Mas esperava mais, nem que fosse um pedido de desculpas formal. “Disseram que para me pagar os prejuízos que tive com esta situação teria que apresentar provas dos mesmos, mas estes não são fáceis de contabilizar porque não são monetários, mas sim de falta de condições para trabalhar”, afirma.O solicitador fez queixa da situação à Comissão Nacional de Protecção de Dados e à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) mas não obteve qualquer resposta. Fonte Oficial da Portugal Telecom refere que o caso remonta a 2009, “estando solucionado desde essa altura. O cliente foi contactado, o serviço Sapo ADSL activado e feito um acerto de facturação relativamente ao serviço em questão”.
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