Carlos Nestal candidata-se ao PS de Santarém e critica gestão “catastrófica” de Moita Flores
Político socialista desafia o presidente da câmara escalabitana a ir novamente a votos para ser julgado pelo povo
Carlos Nestal é o primeiro candidato assumido à liderança da concelhia de Santarém do Partido Socialista, cujas eleições se devem realizar até final do ano. O líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Santarém diz contar com o apoio de militantes destacados como o ex-presidente da câmara Rui Barreiro, a deputada Idália Moniz, o vereador António Carmo, os ex-vereadores Manuel Afonso, Luís Baptista e Joaquim Neto e o líder concelhio da Juventude Socialista José Raimundo Noras.Para já é a única candidatura no terreno mas é expectável o aparecimento de concorrência, pois Carlos Catalão, ex-adjunto do governador civil, afirmou em entrevista recente a O MIRANTE que estava disponível para ir a votos. Nestal diz que avançou após ter sido desafiado por alguns militantes e deixa já uma certeza: não vai ser candidato à Câmara de Santarém. Isto apesar de ser a próxima concelhia a gerir o processo de escolha de candidatos. A esse respeito, diz que não exclui ninguém, nem mesmo quem esteve no poder há alguns anos e perdeu a autarquia para Moita Flores e o PSD, como é o caso de Rui Barreiro. “Todos os militantes que estiverem disponíveis para serem candidatos devem dizê-lo e depois o partido decidirá”.A estratégia da sua lista passa por tentar aproximar os militantes do partido e abri-lo à comunidade, estabelecendo contactos com as instituições e associações do concelho, para fazer do PS “uma verdadeira alternativa ao descalabro que tem sido a governação do PSD na Câmara de Santarém”. Carlos Nestal diz que o PS tem acima de tudo de mudar a forma de fazer política e “ter uma voz activa constantemente”, considerando no entanto que o partido tem feito oposição tanto na câmara como na assembleia ou através da concelhia.“Desde 2005 que são vendidas ilusões”Carlos Nestal faz um balanço “catastrófico” da gestão de Moita Flores e do PSD à frente da Câmara de Santarém. “Pior era difícil, desde 2005 que são vendidas ilusões. Quase nada do prometido se concretizou”, diz o político socialista, afirmando esperar que o novo projecto anunciado pelo presidente da câmara - a criação de um centro de criação de cavalos em Santarém em cooperação com o Jockey Clube de São Paulo (Brasil) - não tenha o mesmo destino de uma mega unidade de cuidados continuados anunciada para Achete e que nunca saiu do papel.O candidato recorda outros projectos que continuam por cumprir, como a requalificação da Ribeira de Santarém e do Campo Infante da Câmara, as zonas industriais de Pernes e Alcanede, entre outras. E lembra a “trapalhada” dos processos da Águas de Santarém e do estacionamento tarifado para enfatizar que “é muito difícil encontrar algo de bem feito desde 2005”. “O PSD vai deixar a Câmara de Santarém com dívidas enquanto o PS deixou o concelho com obras. A realidade é que o grande ex-libris de Santarém é uma obra do PS, o complexo aquático”, acentua Carlos Nestal, que não esquece as elevadas dívidas da autarquia a fornecedores, juntas de freguesia e associações e colectividades referindo que “a Câmara de Santarém devia ser parte da solução no concelho e é o grande problema”. E, acrescenta, “ ninguém diz quando é que se pretende pagar, não há sequer um plano de pagamento”.Por último, sublinha que o PS não está preocupado em saber se Moita Flores é ou não novamente candidato à Câmara de Santarém. “Até acho que este executivo devia ir a votos para poder ser julgado pelo povo”, conclui.
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