Dificuldades financeiras obrigam dirigentes a ponderar fecho das piscinas de Alhandra
Alhandra Sporting Club está com défice mensal de 1500 euros e teme o futuro
As crescentes dificuldades financeiras sentidas pelo Alhandra Sporting Club, do concelho de Vila Franca de Xira, poderão levar ao fecho das piscinas Baptista Pereira, em Alhandra. Em causa estão dívidas aos fornecedores e um défice mensal de 1500 euros que, garantem os dirigentes, sem o apoio da câmara não conseguirão resolver.O Alhandra Sporting Club está a atravessar uma das crises financeiras mais complicadas da sua história e os dirigentes poderão ser obrigados a fechar as piscinas Baptista Pereira - que custaram 2 milhões de euros em 2002 - por não terem dinheiro para pagar aos fornecedores.O alerta é deixado a O MIRANTE por Rui Macieira, presidente do clube, que garante que as portas da piscina - que serve 600 utentes - mantêm-se abertas por caridade dos fornecedores. “Os nossos credores de água, luz e gás têm tido uma grande aceitação e dado um grande apoio mas de um momento para o outro isso pode desaparecer e nós seremos obrigados a fechar”, admite o responsável. Actualmente as piscinas têm um défice de 1500 euros mensais que o clube espera poder conseguir junto da câmara municipal. “Propusemos à câmara que nos desse esse apoio em troca de cedermos a gestão das piscinas, não na parte desportiva, mas na parte social, à câmara. Era uma forma de abrirem a piscina à população”, explica Rui Macieira, que diz não ter obtido resposta. O dirigente garante que o encerramento da piscina e a sua reabertura custaria perto de 100 mil euros.“Nós sabemos que vai haver um acidente, só não sabemos quando. Mas temos obrigação de deixar o alerta e fazer tudo o que podermos para evitar isto. Esse pedido de ajuda foi feito à câmara em Julho e a câmara ficou de apresentar uma solução através de uma reunião que até hoje não foi marcada”, acrescenta o dirigente. Na noite de 22 de Setembro os sócios do clube aprovaram uma moção onde consideram que o município “não teve uma política de apoio activa” para com o clube e que “não consegue explicar e concretizar os pressupostos de um desvio de uma verba próxima de 400 mil euros destinados por direito próprio ao ASC e com origem no protocolo assinado com a Cimpor”. Na moção lê-se ainda que a presidente do município “não procedeu com o uso da verdade e sinceridade na sua relação para com o ASC”. O mesmo texto refere também que a direcção “se abstenha em proceder a novos contactos oficiais com a presidente” enquanto não existir da sua parte “uma declaração pública de firme vontade em resolver os problemas que há mais de uma década estão por solucionar”.O presidente do Alhandra, Rui Macieira, admite também que a secção de futebol, que está instalada no campo da Hortinha, possa vir a fechar num futuro próximo caso não seja encontrada uma solução de substituição dos campos que hoje se encontram em total estado de degradação. “Isto é quase como um pré-aviso do que pode acontecer. Da junta de freguesia também não recebemos nenhum apoio. O ASC tem 90 anos mas tem a vitalidade de 18. Não estamos aqui à espera que nos mandem para um canto”, conclui o dirigente. A câmara municipal refere que não tem condições para poder efectuar “quaisquer tratamentos de excepção” seja qual for a entidade. Sobre o Campo da Hortinha o município diz deconhecer “qualquer negociação” que tenha havido com os terrenos .
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