Aposta de agentes turísticos de Fátima em mercados fora da Europa está a dar a volta à crise
Hoteleiros e responsáveis de agências de viagem especializadas em turismo religioso explicam à Lusa que a aposta em mercados fora da Europa tem sido uma das receitas para vencer a crise. O proprietário da agência de viagens “Verde Pino”, Albino Frazão, diz que “este ano tem sido de ouro”, garantindo um volume de negócios adicional de “uns milhares grandes de euros”.A passagem de milhares de peregrinos vindos da América do Sul rumo às “Jornadas Mundiais da Juventude” em Madrid - na qual marcou presença o Papa Bento XVI-, e os programas especializados no turismo religioso são duas das causas apontadas por Albino Frazão para os resultados positivos.Já o proprietário dos hotéis Estrela de Fátima e Cruz Alta, Pedro Pereira, revela que “Setembro está a ser muito bom e Outubro também”. O hoteleiro admite uma significativa redução no número de dormidas e de clientes irlandeses, italianos e espanhóis, razão pela qual está a apostar em mercados fora da Europa, como o brasileiro e o sul-coreano, por exemplo.No total os dois hotéis - um de quatro, outro de três estrelas-, possuem 106 quartos e têm conseguido taxas de ocupação entre Maio e Outubro na ordem dos 80 por cento. Um “pico” que corresponde ao calendário das peregrinações ao santuário de Fátima.Pedro Pereira e Albino Frazão concordam que a grande novidade tem sido a crescente afluência de turistas polacos. Albino Frazão, que vive em Fátima, e é também proprietário do Hotel Católica - de três estrelas e com 50 quartos - assegura que nota “muito mais gente na cidade” e destaca a taxa de ocupação anual do hotel em 60 por cento. “Muito positivo”, classifica, já que em Fátima os hoteleiros vivem muito o efeito da sazonalidade.O director da “FátimaCaminhos - Viagens” disse à Lusa que o futuro passa por apostar ainda mais no mercado sul-americano, com destaque para o Brasil, razão pela qual irá marcar presença na Feira das Américas, dedicada à promoção do turismo, que decorre entre 19 e 21 de Outubro no Rio de Janeiro. “Há um grande problema com os europeus, já que estão a viajar directamente, passando ao lado das agências de viagem”, explica Daniel Lopes.
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