A frente ribeirinha da cidade de Vila Franca de Xira ganhou uma nova cara e novos espaços de lazer para a população, numa intervenção que custou um total de sete milhões de euros. No sábado, 1 de Outubro, foram inaugurados o pavilhão multiusos do parque urbano do cevadeiro, a requalificação dos espaços exteriores do Bairro dos Avieiros e do jardim Constantino Palha e foi aberto mais um troço do passeio junto ao Tejo. As obras fazem parte do programa Polis XXI que inclui ainda a transformação da fábrica do arroz numa biblioteca municipal que está em curso.O passeio ribeirinho, que liga Vila Franca a Alhandra, tem agora mais um quilómetro, unindo o cais da cidade ao parque urbano do Cevadeiro, que passa a contar com um pavilhão multiusos preparado para actividades culturais e desportivas e que tem uma esplanada com vista para o Tejo. O Bairro dos Avieiros foi requalificado e ganhou uma nova estátua de homenagem aos pescadores do rio, da autoria de João Duarte, escultor da cidade. “A estátua tem duas faces, uma delas com uma criança, em representação do futuro da arte da pesca no rio”, informou o artista no dia da inauguração.Na intervenção no bairro, onde se situa o pavilhão da secção náutica do União Desportiva Vilafranquense, ainda falta concluir alguns trabalhos que a presidente da Câmara de Vila Franca, Maria da Luz Rosinha (PS), garantiu ficarem prontos em breve. “Conto com a vossa compreensão. Chegar aqui foi muito importante e é importante para todos os vila-franquenses que amam a sua terra e pugnam por ela. Estamos aqui para dar corpo a um sonho, de muitos anos, de termos oportunidade de melhor viver o rio, numa relação directa e diária com ele”, afirmou a autarca no dia de inauguração. Neste dia de festa por ocasião da Feira de Outubro, no qual participaram dezenas de populares, Maria da Luz Rosinha anunciou que em Novembro entra em funcionamento a nova passagem superior pedonal sobre a linha de comboio, entre a cidade e o cais, que também servirá de miradouro sobre o rio e a cidade. “Todas as intervenções são uma obra de grande dimensão e o que é preciso retocar será retocado nos próximos dias. O importante é que os vila-franquenses venham cá e utilizem estes espaços sem os estragar. O vandalismo é um fenómeno que também acontece em Vila Franca. Temos de repensar a nossa atitude face a isto”, disse a O MIRANTE.A intervenção na frente ribeirinha da cidade é suportada por fundos comunitários e pela câmara municipal. A presidente da câmara está agora desejosa de ver concluídas as obras da fábrica do arroz. “Sonhar em tempo de crise é fundamental para sobreviver. Queremos que ali nasça a futura biblioteca municipal de Vila Franca e esperamos que isso possa acontecer muito em breve”, realçou Maria da Luz Rosinha.