O Grupo Dramático Musical JNP da Chamusca vai adquirir a sede social onde está instalado, bem no centro da vila. A oportunidade de negócio surgiu quando o proprietário fez a divisão do imóvel em propriedade horizontal e propôs a venda à direcção por um preço aliciante.Depois de algumas abordagens direcção e senhorio encontraram o valor para a aquisição, 37.500 euros, um preço quase simbólico para o espaço. A direcção tem algum dinheiro e procurou junto da banca a possibilidade de um empréstimo, mas os juros pedidos eram muito elevados.Na procura de soluções os dirigentes da colectividade encontraram num particular e amigo a disponibilidade para fazer um empréstimo de 25 mil euros a pagar em sete anos e em excelentes condições. E assim, com o aval da assembleia, que foi bastante concorrida, avançou para a aquisição do espaço.Entretanto a Câmara Municipal da Chamusca, a solicitação da direcção da colectividade, já aprovou o financiamento de 25 por cento da verba acordada, uma situação que é comum nestes casos por parte da autarquia. Outra situação de grande relevo para a colectividade foi o facto da câmara ter também acedido a isentar o Grupo Dramático Musical do IMT - Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosa de Imóveis, que representava também uma verba substancial face ao valor patrimonial atribuído pelas finanças à fracção em causa, cerca de 110 mil euros.Por uma questão de confiança para com o amigo que se disponibilizou a fazer o empréstimo e com a autarquia a direcção vai ficar, se os sócios quiserem, a gerir a colectividade até ao pagamento integral do empréstimo, sendo mesmo os dirigentes que vão assinar o contrato que ficam responsáveis pelo seu cumprimento.A assembleia aprovou ainda novos estatutos e regulamento interno para a colectividade, documentos que visam actualizar os já caducos estatutos do Grupo Dramático Musical, fundado em 27 de Outubro de 1922, datando os velhos estatutos de 24 de Junho de 1930.No final da reunião, que contou com a presença de cerca de quatro dezenas de associados, o presidente da assembleia, José João Vicente, realçou o empenho e a dedicação pela forma como a direcção formada por gente ainda bastante jovem tem dirigido a colectividade.Recordou ainda o facto do Grupo Dramático Musical não ter aceite, na altura em que foi feita a fusão das colectividades na Chamusca, integrar a união. Uma situação que face à forma como as coisas têm corrido, parece ter sido a melhor decisão. Os sócios presentes tributaram uma salva de palmas à direcção e o presidente, Vítor Rosa, agradeceu comovido.