uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Investigação à compra da Compal permite à Câmara de Almeirim receber 600 mil euros

Autarquia aproveitou verba que não esperava para pagar a alguns fornecedores
A investigação à fusão entre a Compal e a Sumol por suspeitas de fraude fiscal já veio beneficiar a Câmara de Almeirim que recebeu recentemente cerca de 600 mil euros de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT). O presidente da autarquia, José Sousa Gomes (PS), confirmou a O MIRANTE a entrada do dinheiro nos cofres do município que serviu para pagar algumas dívidas a fornecedores. Sousa Gomes refere que o pagamento “deu para aliviar o peso das dívidas”, apesar de a autarquia “ter as contas controladas” e não estar numa situação tão aflitiva em termos financeiros como outras câmaras da região e do país. O autarca esclarece que foi feita uma avaliação das dívidas e que se optou por pagar aos fornecedores que estavam em situações económicas mais difíceis ou que estavam há mais tempo para receber. Recorde-se que o Departamento de Investigação e Acção Fiscal de Évora abriu este ano uma investigação relativamente ao negócio da aquisição da Compal, instalada em Almeirim, por empresas do grupo CGD e pela Sumolis, em 2005. A fusão ficou concluída em 2008 e terá existido uma devolução eventualmente indevida do imposto à empresa. Este foi agora pago às Finanças e transferido para o Município de Almeirim. Segundo Sousa Gomes, a câmara não sabia que tinha o dinheiro para receber porque todo o processo de pagamento do IMT passa pelas Finanças e não tem qualquer intervenção da autarquia. O IMT é pago sempre que há a transmissão de património imobiliário para terceiros e o seu pagamento cabe geralmente à pessoa ou entidade para quem se transmitem os bens.Na altura em que se conheceu o caso, em Junho deste ano, a Caixa Geral de Depósitos emitiu um comunicado no qual afirmava que a instituição “se rege sempre pela preocupação do cumprimento estrito e rigoroso da legalidade, transparência e integridade pelo que acompanhará tranquilamente a conclusão do referido inquérito”. O banco público é actualmente accionista minoritário da Sumol+Compal.

Mais Notícias

    A carregar...