Não há qualquer despedimento. Como é explicado no texto as enfermeiras estão subcontratadas a uma empresa. Foi pena o jornalista não ter perguntado qual o vínculo das mesmas à empresa que as enviou para os centros de saúde. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses também podia ter aproveitado para denunciar essa situação mas parece que agora já aceita tudo e mais alguma coisa, a começar pela exploração que essas empresas de fornecimento de mão de obra fazem. Basta ver o rácio de médicos e enfermeiros nos países da União Europeia para ficarmos a saber que Portugal é o país onde há menos enfermeiros por cada médico. Essa situação tem sido mantida porque os médicos (Ordem dos Médicos) não abdicam de actos médicos que noutros países são feitos por enfermeiros e porque os enfermeiros, que tanto falam em autonomia, não a exercem efectivamente para se livrarem de responsabilidades, até porque muitos jovens que entram para a profissão, alguns dos quais já com mestrados (Como se chega a Mestre sem se saber dar uma injecção??!!!) estão mal preparados. Basta ver que a Ordem até aceitou que eles sejam seguidos e avaliados nos primeiros anos de profissão, só a podendo exercer autonomamente se essa avaliação for positiva, apesar de terem todos feito estágio devidamente acompanhado.Francisco Balsa