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Câmara da Chamusca precisa de dinheiro “como de pão para a boca”

Autarquia em dificuldade para cumprir obrigações financeiras porque Estado ainda não desbloqueou verbas retidas indevidamente
A Câmara Municipal da Chamusca não tem dinheiro para cumprir as obrigações financeiras que assumiu porque o Estado ainda não desbloqueou as verbas retidas indevidamente e continua a reter cerca de 90 mil euros nas mensalidades do Fundo de Equilíbrio Financeiro. A autarquia voltou a escrever ao secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa e ao ministro dos Assuntos Parlamentares a manifestar as suas dificuldades e a solicitar que seja dado andamento ao acordado numa reunião realizada no dia 10 de Agosto.A situação de emergência financeira já levou a uma reunião com o secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Simões Júlio, onde a Câmara da Chamusca solicitou o desbloqueamento da verba retida e o pagamento de uma dívida de 529 mil euros referente a um protocolo de requalificação dos diques do concelho, que já está em dívida desde 2008. As duas verbas atingiam na altura o montante de 1.098.633 euros.Actualmente, e como não houve desbloqueamento das verbas e as retenções continuaram, a que acresce uma dívida relativa ao pagamento de refeições escolares, “o Governo já nos deve mais de um milhão e meio de euros”, disse o vice-presidente da câmara, Francisco Matias (CDU).O presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), que aposta sempre na contenção verbal, diz acreditar que o Estado é uma pessoa de bem e não está a reter as verbas intencionalmente. “Mas está a dificultar-nos muito a vida. Não temos dinheiro para fazer grandes pagamentos e mesmo para pagar os ordenados tivemos que nos socorrer de alguma engenharia financeira com verbas que nos chegaram de duas empresas instaladas no Parque Eco do Relvão”, disse.Francisco Matias garantiu ainda que o problema maior reside no facto de ninguém dizer nada. “Precisamos do dinheiro como de pão para a boca, precisamos de pagar algumas coisas que estão em atraso. O Governo está a colocar-nos numa situação muito difícil e o pior é que ninguém nos diz nada”, referiu.Programa Ambinov suspensoA candidatura do concelho da Chamusca ao Programa Ambinov, que tinha sido aprovada pela Inalentejo, foi suspenso devido às dificuldades financeiras que atravessa a autarquia, que não conseguiu avançar com alguns dos projectos com financiamento já aprovado. Na reunião de câmara de 24 de Outubro, o presidente da autarquia, Sérgio Carrinho (CDU), disse que a suspensão do programa que tratava de “Soluções Inovadoras em Ambiente, Resíduos e Energias Renováveis”, e seria dinamizado pela Câmara da Chamusca e algumas empresas instaladas no Parque Eco do Relvão, não fica abandonado. “Foi apenas suspenso para podermos em conjunto, autarquia, empresas e Inalentejo ver o que se pode refazer das candidaturas que foram aprovadas e não foram dinamizadas”.

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