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Oposição de esquerda critica renúncia de Paulo Caldas à presidência do Cartaxo

A renúncia de Paulo Caldas à presidência da Câmara do Cartaxo foi criticada pela concelhia da CDU e pelos eleitos do Bloco de Esquerda, que realçaram a dívida deixada pelo autarca sem, consideram, a correspondente melhoria da qualidade de vida. Em comunicado, a CDU refere uma dívida que “consta ser de 50 milhões de euros” e elenca um conjunto de “omissões”, como a ausência de um arquivo municipal (que preserve e divulgue a história do concelho), de qualquer política de juventude, de um gabinete de apoio às colectividades (que já nem recebem subsídios), nem qualquer investimento na preservação do ambiente.Apontam, entre outros, a criação de três zonas de implantação industrial “de base legal duvidosa” e “sem tratamento especial de resíduos e sem infraestruturação” e denunciam a “destruição do património vivo que constituía a velha praça 15 de Dezembro”.Acusam ainda Paulo Caldas (eleito pelo PS) de ter alienado por mais de sete mandatos, a um privado, o “bem público precioso que é a água” e de se ter dado “ao luxo de gastar o dinheiro de todos em obras sem qualquer prioridade, feitas com uma finalidade duvidosa, que culminaram com a feira de vaidades, em que até alinhou o Presidente da República Portuguesa: a inauguração do Parque Central”.A concelhia da CDU sublinha que Paulo Caldas foi eleito para um mandato de quatro anos e que tinha que ser, nesse tempo, “responsabilizado pelos maus actos de gestão política, social, económica e laboral que praticou na Câmara do Cartaxo e pelas promessas que fez na campanha eleitoral e que não cumpriu”.Já os eleitos do BE na Assembleia Municipal do Cartaxo consideram que a gestão de Paulo Caldas representou “uma das páginas mais negras da história” do concelho, acusando-o de ter multiplicado “por 25 vezes a dívida” do município sem a correspondente melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.“Numa obsessão parola pela falsa modernidade, Caldas, em vez de continuar a obra de Renato Campos, Conde Rodrigues ou Francisco Pereira, fez o Cartaxo perder tempo com projectos delirantes, megalómanos e desnecessários, cuja famigerada Cidade do Conhecimento ficará para sempre como a anedota exemplificativa desta década perdida”, afirmam, em comunicado.

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