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Valdemar Henriques deixa União de Sindicatos de Santarém ao fim de duas décadas

Valdemar Henriques deixa União de Sindicatos de Santarém ao fim de duas décadas

Estrutura escolhe líder em congresso distrital e prepara greve geral
Um novo coordenador distrital e uma nova direcção da União de Sindicatos de Santarém (USS) vão sair do congresso distrital marcado para 4 de Novembro, na antiga Escola Prática de Cavalaria de Santarém, a menos de três semanas da greve geral marcada para 24 de Novembro. Abandona a liderança Valdemar Henriques, depois de cinco mandatos como coordenador distrital e mais de 20 anos no cargo, mas mantém-se o tom crítico face ao que se considera ser um “roubo” por parte do Governo e o maior ataque aos trabalhadores desde os direitos conquistados no pós-25 de Abril. A direcção que sair do congresso vai apontar as medidas de combate. Na sala onde se costuma realizar a Assembleia Municipal de Santarém vão estar em congresso 118 delegados em representação de cerca de 40 mil trabalhadores do distrito, que vão eleger 27 elementos para a direcção da CGTP-USS. Em conferência de imprensa, Valdemar Henriques aponta o dedo ao Governo mas também não esquece os empresários. Sobre o Governo fala da “machadada” nos direitos conquistados pelos trabalhadores com os cortes anunciados nos subsídios de férias e de Natal, que teme que venham a ver definitivos, mas também a diminuição no apoio social e na saúde. “Pensávamos que a nossa vida ia ser melhor que a dos nossos pais mas ainda ficamos com mais dúvidas em relação aos nossos filhos e netos”, comenta Valdemar Henriques. No que respeita aos empresários, o coordenador da USS apresenta uma série de dados estatísticos para afirmar que os rendimentos dos trabalhadores da região têm decrescido nos últimos anos face a patrões que não reservam lucros para premiar o trabalho ou investir nas empresas. “O que fizeram os patrões para serem premiados com mais meia hora diária de trabalho?”, questiona.Acidentes de trabalho preocupamOs números a que a CGTP-USS teve acesso, dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística até 2009, demonstram que o distrito está em perda em vários níveis e naqueles onde regista crescimento essa tendência não se repercute em benefício dos trabalhadores. Valdemar Henriques dá o exemplo da produtividade distrital que subiu em 2009 para 29.400 euros por trabalhador/ano face a 29.600 euros da média nacional, que não se reflectiu num aumento de salários (média de 746 euros) e de poder de compra, cinco décimas abaixo da média nacional.Preocupa ainda o sindicato os mais de 94 mil acidentes de trabalho e 180 mortes registadas entre 2000 e 2008 no distrito, o número de desempregados que em Agosto de 2010 era de mais de 18.700 pessoas inscritas e as pensões de velhice que no distrito ficam 32 euros abaixo da média nacional.
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