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Inês Aguiar

Inês Aguiar

34 anos, Técnica de Recursos Humanos, Alpiarça

“De há dois anos para cá que têm vindo a ser implementadas medidas que mexem com a vida das famílias e as pessoas têm assistido a tudo impávidas e serenas. Devíamos lutar mais e protestar pelos nossos direitos. Estamos a ser muito brandos”

Já pensou recorrer a velas para poupar na factura da luz?Já pensei nalgumas coisas para poupar mas velas ainda não. Não é só a factura da luz, todos os vários aumentos de preços que estamos a sofrer são exagerados e tremendamente injustos. Existem responsáveis por esta situação a que o país chegou mas não estão a ser responsabilizados pelos erros que cometeram. Infelizmente são sempre os mais fracos e desprotegidos que pagam as falhas dos governantes.O que é que a pode irritar quando vai ao café?Ser mal atendida ou ser atendida por uma pessoa antipática.É mulher para a andar à boleia se a gasolina continuar a aumentar de preço?Andei à boleia quando era mais nova, nos tempos de estudante. Neste momento não me colocava à boleia mas não ponho de parte a ideia de dividir boleias. É uma opção válida, não só pelo aumento do combustível mas como forma de cuidar do meio ambiente. Criou-se uma dependência tão grande do automóvel que nem sempre é saudável.Já comprou alguma prenda de Natal?Não e vou comprar muito poucas. Tenho uma família muito grande e faço sempre questão de comprar presentes para todos, mas este ano vou limitar-me a comprar presentes só para as minhas filhas e os meus sobrinhos. Temos que nos limitar ao essencial e cortar no supérfluo.Estas medidas de austeridade eram mesmo necessárias?Era preciso fazer-se alguma coisa porque o país atingiu uma situação muito complicada mas não acho que seja este o caminho. Estamos a cortar no mais fácil e nos mais desfavorecidos, ou seja, estamos a adiar o problema. Estamos a resolver o problema a curto prazo mas os problemas vão manter-se. O que se deveria fazer?Deviam ser tomadas medidas estruturais que, de facto, resolvam os problemas da Economia. Só com a criação de emprego e fomentando o aparelho produtivo poderemos desenvolver a nossa economia.É aficionada da festa brava?Não mas não sou contra as corridas de toiros e as tradições da festa brava. Os meus pais até gostam mas eu nunca liguei muito.A solução dos jovens é emigrar ou ficar cá e enfrentar os problemas que se avizinham?Defendo que devemos ficar cá e lutar. Lutar bastante que é o que nos faz falta. De há dois anos para cá que têm vindo a ser implementadas medidas que mexem com a vida das famílias e as pessoas têm assistido a tudo impávidas e serenas. Devíamos lutar mais e protestar pelos nossos direitos. Estamos a ser muito brandos.
Inês Aguiar

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