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Empresa municipal Ourém Viva “está numa situação calamitosa”

Denúncia partiu do PSD de Ourém que critica actual gestão socialista
A concelhia do Partido Social-Democrata (PSD) de Ourém considera “calamitosa” a situação da empresa municipal Ourém Viva, reportando-se ao relatório de gestão do primeiro semestre deste ano. “São situações que nos preocupam muito”, lê-se na declaração política apresentada pelo partido na reunião de câmara de quarta-feira, 2 de Novembro. Um assunto que já tinha feito parte da agenda na conferência de imprensa realizada pelo PSD no dia 31 de Outubro, e onde a oposição fez um balanço dos dois anos de governação socialista no concelho. Luís Albuquerque acredita que os social-democratas vão “voltar a assumir os destinos da Câmara” nas próximas eleições e, face ao actual quadro, o dirigente está convicto de que a tarefa que espera os futuros líderes não é “nada fácil”.As contas da Ourém Viva dominaram boa parte da conferência, com o PSD a denunciar aquilo que aponta ser “um quadro verdadeiramente assustador do estado financeiro e da gestão dos recursos humanos”. Com base num estudo que compara dados das três antigas empresas municipais, já extintas, com a actual, Luís Albuquerque aponta o aumento de 55 funcionários, correspondente a 25 por cento, o que se traduz, segundo o presidente, num acréscimo de gastos com o pessoal na ordem dos 35 por cento, comparativamente com o período homólogo do ano passado. Um quadro que, no entender da concelhia do PSD, “não deixa de ser deveras preocupante e estranho, sobretudo se pensarmos na contenção orçamental que deveria existir”.Os social-democratas denunciam também mais despesas nos fornecimentos e serviços externos, o que “suscita várias preocupações”, referem. Em nome da concelhia, Luís Albuquerque lembra que “um dos pressupostos da fusão das três anteriores empresas era a chamada economia de escala, que permitiria a poupança de meios e recursos, acontecendo exactamente o oposto a acreditarmos nestes números”.Os custos e perdas de financiamento da Ourém Viva registaram também uma subida de 94 por cento, alerta o PSD, que sublinha igualmente os atrasos nos pagamentos a fornecedores. De 87 dias, a empresa municipal passou a pagar a 188 dias, sendo que, do valor do passivo (1.200.000 euros), cerca de meio milhão de euros reporta-se a dívidas a fornecedores.Face àquilo que designa como “situação calamitosa”, Luís Albuquerque indaga sobre a viabilidade da empresa municipal. “Teremos que ver se há condições para ela continuar”, conclui.

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