Um dos dirigentes da cooperativa proprietária do prédio que ruiu parcialmente há duas semanas em Alcanhões, causando um morto, foi manifestar a sua “indignação” ao executivo da Câmara de Santarém por a autarquia ter decidido demolir o resto do edifício sem lhes “dar cavaco” e acabou por levar resposta à letra. O presidente da câmara, Francisco Moita Flores (PSD), foi curto e grosso: “Não deixa de ser irónico e paradoxal que sendo o senhor responsável por uma casa que ruiu e matou uma pessoa venha à Câmara de Santarém assacar-lhe responsabilidades que pertencem à vossa direcção. Não percebo como é possível deixar chegar a casa a esse ponto de cair e matar uma pessoa”. É o que, na voz popular, se chama ir à lã e sair tosquiado...