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PSD pressiona Corvêlo de Sousa a deixar presidência da Câmara de Tomar

PSD pressiona Corvêlo de Sousa a deixar presidência da Câmara de Tomar

Segundo apurámos, o autarca poderá deixar o cargo durante esta semana e já não participar na sessão da assembleia municipal de sexta-feira como presidente.

O PSD está a pressionar o presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa (um independente eleito pelo partido), para abandonar o cargo e ceder a liderança do executivo ao vice-presidente da autarquia e militante do partido Carlos Carrão. Segundo O MIRANTE apurou, é provável que Corvêlo de Sousa já não participe na sessão da assembleia municipal desta sexta-feira como líder do município.O MIRANTE falou com Corvêlo de Sousa na manhã de quarta-feira, 23 de Novembro, dia de fecho desta edição, tendo o autarca referido que nada havia de concreto relativamente a essa questão e que continuava a trabalhar normalmente em prol do município. Mas para a noite dessa mesma quarta-feira estava marcada uma reunião preparatória da assembleia municipal, onde participaram autarcas e membros da concelhia do PSD, em que a substituição de Corvêlo por Carrão à frente do executivo camarário devia ser posta na mesa.Aliás, já havia um acordo tácito para que essa substituição se verificasse algum tempo antes do final do mandato, por forma a que Carrão ganhe visibilidade como presidente da autarquia a pensar nas eleições autárquicas de 2013. Só não se sabia era quando. E pelo que apurámos esse momento chegou. Já há uns meses tinham saído notícias na imprensa local a afirmar que o presidente da Câmara de Tomar abandonaria o cargo logo após a Festa dos Tabuleiros, o que não se verificou. Coligação na corda bambaResta saber qual vai ser agora o posicionamento do PSD em relação à coligação que tem com o PS na gestão da autarquia, sendo previsível que a aliança tenha os dias contados. Até porque os casos polémicos têm-se sucedido, protagonizados sobretudo pelo vereador socialista Luís Ferreira, que tem afrontado às claras os seus parceiros de coligação. O mais recente episódio, relatado na última edição de O MIRANTE, surgiu quando Luís Ferreira, disse que “em Tomar já não se vive em democracia”, acusando Corvêlo de Sousa de exercer o poder de “forma totalmente autocrática e sem qualquer sensibilidade social” num caso que envolveu a retirada do largo fronteiro ao castelo templário de uma carrinha-quiosque que vendia artigos alimentares e bebidas. Na primeira reunião de executivo camarário, realizada a 17 de Novembro, após esse episódio, não foi dita uma palavra sobre o assunto. As acusações do vereador socialista Luís Ferreira, publicadas no seu blogue da internet (http://vamosporaqui.blogspot.com), caíram mal ao presidente da autarquia que disse que as mesmas “vão ter consequências políticas em breve”. Também não passaram ao lado da concelhia do PSD que as considerou ofensivas. “Não nos revemos neste tipo de linguagem, que nos faz lembrar os tempos em que foi retirado a Luís Ferreira o pelouro da Cultura e do Turismo”, disse a O MIRANTE o presidente do PSD de Tomar, José Delgado. Nessa altura a polémica estalou devido a considerações pouco abonatórias feitas por Luís Ferreira ao escritor António Lobo Antunes, que faltou a uma tertúlia em Tomar para a qual tinha sido convidado.O líder do PSD de Tomar acrescenta que este tipo de declarações é ainda mais grave “vindo de uma pessoa eleita pelo povo” e que fala sem responsabilidade. “O Luís Ferreira está a correr numa pista que não é a do exercício de um cargo autárquico”, comentou José Delgado, repudiando a sua atitude e dizendo não compreender esta afronta a Corvêlo de Sousa. Já Anabela Freitas, actual líder da concelhia socialista de Tomar, diz que “o partido apoia as declarações que o vereador fez” no caso da carrinha-quiosque uma vez que tinha sido decidido, por maioria de votos dos vereadores do PS e independentes, que a mesma se manteria no lugar até a abertura do concurso para a cafetaria junto ao castelo. “O sr. presidente agiu à revelia do que tinha sido decidido”, sustenta. Questionada sobre se, actualmente, existem condições para que os dois partidos continuem a trabalhar coligados na gestão da autarquia, Anabela Freitas recorda que a coligação foi feita entre dois partidos, pelo que têm que ser as duas direcções partidárias a decidir o que fazer. “O PS já pediu, por escrito, a marcação de uma reunião com a concelhia do PSD para fazer a análise não só desta situação mas de um conjunto de situações que se têm verificado no último ano. É necessária uma avaliação mas é importante lembrar que os problemas que o concelho de Tomar vive não são de agora e que o facto de se estarem a agravar não resulta do facto de estarmos em coligação ou numa pseudo coligação”, disse. A concelhia socialista reúne no sábado, 26 de Novembro para debater este e outros assuntos.
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