Uma centena e meia de crianças dos escalões infantis de futebol da região inauguraram em clima de festa na manhã de 14 de Janeiro o novo relvado sintético do União Desportiva Vilafranquense, situado no complexo do Cevadeiro em Vila Franca de Xira.A instalação do sintético era uma ambição antiga dos dirigentes do clube e dos atletas, uma vez que o campo pelado ali existente não reunia as condições ideais para a prática desportiva. O equipamento vai servir 200 praticantes do futebol juvenil da colectividade e dar um impulso importante à modalidade na cidade. Custou perto de 200 mil euros, valor da obra que foi adiantado pela Câmara Municipal com o compromisso de que será posteriormente ressarcido pela empresa Obriverca, com quem o clube negociou um conjunto de contrapartidas.“Também queremos gerar algumas receitas através do aluguer do campo para várias actividades. Sabemos que vai ser um pólo de atracção das crianças e dos jovens de Vila Franca, para poderem praticar futebol na sua terra com toda a comodidade. O pelado que tínhamos motivava os jovens para sair e irem para outros clubes do concelho onde tinham melhores condições. Isso agora não vai acontecer”, explica a O MIRANTE Luís Feijão, presidente da Comissão Administrativa da UDV.Na cerimónia de inauguração esteve presente a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha (PS), que ajudou os mais pequenos com o primeiro pontapé de saída do novo campo. Nas laterais juntaram-se centenas de pessoas, entre pais e dirigentes associativos. O torneio de inauguração contou com a presença das escolinhas da UDV, escola do Benfica de Alverca, escola do Sporting da Póvoa de Santa Iria, Associação Desportiva do Carregado, Sacavenense e Oriental. A entrada em funcionamento do novo sintético vai permitir dar algum descanso ao campo relvado, que se encontra bastante degradado devido ao uso intensivo que sofreu nos últimos meses, enquanto decorriam as obras de construção do campo sintético.Equipa técnica dos seniores abandonou o clubeÀ margem da inauguração foi também debatida a saída tensa do técnico do plantel sénior, Paulo Eira, e da restante equipa técnica. O treinador, que estava a conseguir bons resultados para a equipa, decidiu abandonar a UDV desagradado com a falta de condições e de apoio por parte dos dirigentes da comissão administrativa. “Houve várias questões que não foram bem geridas, quer pela estrutura do futebol quer pela comissão administrativa. O Paulo Eira saiu por sentir que a equipa estava um pouco abandonada”, lamenta Luís Feijão, presidente da comissão administrativa do clube. Apesar da ameaça de todo o plantel sair em solidariedade com o mister tal não se veio a verificar.