Cerca de três dezenas de alunos da Escola EB 2,3 José Relvas de Alpiarça juntaram-se ao início da manhã de sexta-feira, 27 de Janeiro, para protestarem contra os cortes de financiamento que o Governo anunciou, recentemente, na área da educação. Os alunos também reclamam contra o aumento em 50 por cento do passe social nos transportes públicos que entrou em vigor no primeiro dia de Fevereiro. Este foi um protesto feito a nível nacional em muitas das escolas básicas e secundárias do país.Os alunos garantem que antes do primeiro toque que indica o início das aulas eram cerca de 90 jovens que protestavam em frente ao edifício da escola. Meia hora depois eram apenas trinta os resistentes que quiseram mostrar a sua indignação por aquilo que consideram serem “direitos” dos alunos. No entanto, alguns confessaram a O MIRANTE que o protesto foi também uma forma de “fazer gazeta” às aulas.Ana Catarina d’Almeida organiza as ‘tropas’ e dá as últimas indicações aos colegas. A jovem não vai sofrer com o aumento do passe social mas está solidária com os amigos que ficam prejudicados. “Eu ainda não preciso de pagar o passe social nos transportes públicos mas quando for para a universidade muito provavelmente vou ter que recorrer aos transportes públicos e não faz sentido este enorme aumento no preço”, reclama acrescentando que existem alguns colegas do concelho da Chamusca que diariamente se deslocam para a escola de autocarro.Com uma faixa grande onde se podia ler “Cortar na Educação é cortar no futuro” e palavras de ordem os jovens saíram da escola e seguiram, a pé, escoltados pela GNR, para o edifício da câmara onde foram recebidos pelo executivo municipal. O presidente da autarquia, Mário Pereira (CDU), mostrou-se solidário com os alunos e garantiu que vai enviar a moção dos alunos ao Governo. Ana Isabel Borrego