Todas as segundas-feiras à noite o Club Thomarense, situado no primeiro andar do edifício do Café Paraíso na Rua Serpa Pinto, em Tomar, recebe aulas de danças afro-latinas, conferindo uma animação diferente ao salão de baile deste grémio, fundado há 140 anos. Ali fomos encontrar cerca de 15 adultos (a maioria senhoras), com idades entre os 30 e os 50 anos, a prestar atenção aos ensinamentos dos professores Ana Silva e Mário Monteiro, da escola “Fame” de Coimbra. Salsa, merengue, bachata, kizomba, funana e cha-cha-cha são algumas das danças que os participantes podem aprender, mesmo que não tenham par, sendo esta uma boa oportunidade para socializar. “Além das aulas, juntamo-nos muitas vezes para dançar em discotecas, actuando também no final de cada ano lectivo. Em termos sociais esta é uma actividade muito importante”, assegura Carma Fernandes, da organização. As danças latinas, tal como as danças de salão, são ambas danças sociais mas com técnicas diferentes. As que aqui são ensinadas são as que se dançam normalmente numa discoteca, como a kizomba ou o kuduro. Do leque, a salsa é aquela que exige mais técnica e coordenação mas nada que não se consiga fazer ao fim de umas lições. Que o diga Adriano Luís, um tomarense de 49 anos, enorme entusiasta destas aulas. “Comecei a aprender danças de salão na Nabantina, mas quando soube, em 2007, que vinham as danças latinas para Tomar, quis experimentar e nunca mais larguei”, conta a O MIRANTE. Diz que tem tentado trazer mais gente a participar mas “Tomar não é uma terra de grandes dançarinos”. Desde que a dança entrou na sua vida, Adriano já não receia fazer má figura numa pista de dança embora evite exibir-se. “A salsa bem dançada é linda e digna de se ver”, assegura. As aulas de danças latinas são abertas à participação de pessoas de todas as idades que só têm de trazer muita vontade de dançar, pagando uma mensalidade de 25 euros pela aprendizagem. Quem quiser pode ir experimentar uma aula grátis e, quem sabe, fazer novos amigos. Elsa Ribeiro Gonçalves