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Mulher vive inferno por causa de ciúmes doentios do namorado

Uma mulher de Samora Correia, Benavente, viveu um inferno durante quatro anos de namoro por causa dos ciúmes do namorado. Ela foi agredida várias vezes, injuriada e a sua mãe também foi agredida quando tentou defender a filha. O pai da vítima chegou também a ser ameaçado pelo serralheiro mecânico de 30 anos, que reside no concelho. O Ministério Público que o acusa do crime de violência doméstica chega a dizer que este exibia ciúmes doentios. O caso vai agora a julgamento no Tribunal de Benavente.Sempre que a namorada não concordava com as ideias do arguido era injuriada. Esta não podia olhar para outras pessoas e chegou a ser agredida fisicamente quando o fez. O homem tentava também controlar os seus movimentos obrigando a vítima a ligar-lhe várias vezes durante o dia, quando estava a trabalhar e controlava as suas saídas e as pessoas com quem se dava. O relacionamento conflituoso durou entre 2006 e Dezembro de 2010, mas depois de terminado o namoro ainda houve mais casos de agressão. Um dos primeiros incidentes remonta aos primeiros meses de namoro, quando ao pensar que a namorada estava a olhar para outro homem durante uma festa, a agrediu com uma bofetada. Em várias ocasiões deu-lhe murros na cabeça, puxões no cabelo e pontapés, não se coibindo de muitas vezes o fazer à frente de familiares e amigos da vítima. De “modo sério e credível” costumava dizer-lhe: “não és minha não és de mais ninguém, nem que eu te tenha de dar um tiro”, “eu mato-te”, “eu dou-te um tiro”, “eu acabo com a tua família” e “eu tenho gente a controlar-vos”. Sempre que a namorada terminava a relação, o serralheiro seguia-a e telefonava-lhe, esperando que o medo a levasse a reatar o namoro. No dia 6 de Dezembro de 2010, o arguido encontrou a namorada na rua e depois de a levar para a sua casa, acabou por a agredir mais uma vez com murros. Desde esse dia, a vítima deixou de se encontrar com ele e mantinha o telemóvel desligado. Um ano depois, o arguido voltou à casa da ex-namorada. A mãe abriu a porta e o serralheiro exigiu aos gritos a presença da ex-namorada que acabou por aparecer. Depois de recusar o pedido de irem conversar para o carro, o arguido agarrou-a pela roupa, puxou-a, e deu-lhe um murro no olho. A mãe que tentou defender a filha também recebeu um murro e foi empurrada para o chão. Os bombeiros levaram mãe e filha para o Hospital de Vila Franca de Xira, tendo a ex-namorada de ser transferida para o Hospital de S. José em Lisboa. No dia 3 de Janeiro de 2011, o arguido voltou a agarrar pelos cabelos a ex-namorada que estava a sair de um cabeleireiro e deu-lhe vários murros na cabeça, boca e no peito quando esta já se encontrava no chão. Cinco dias depois deste incidente, dirigiu-se ao pai da ex-namorado e ameaçou-o dizendo que a família andava a ser vigiada e que se não tirassem as queixas-crime que os matava a todos. O arguido, que aguarda o julgamento com Termo de Identidade e Residência (TIR), está acusado de um crime de violência doméstica podendo incorrer numa pena de prisão de um a cinco anos.

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