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Sem-abrigo vive há um ano à porta do centro de saúde de Alverca sem que se encontre uma solução

Câmara já tentou internar o homem mas este foge sempre
Há mais de um ano que um sem-abrigo, com uma idade a rondar os 40 anos e de nacionalidade romena, se mantém a morar num banco à entrada do Centro de Saúde de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, sem as mínimas condições de segurança e higiene. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira já tentou interná-lo por diversas vezes mas o sem-abrigo acaba sempre por fugir.O sem abrigo quase todos os dias consome bebidas alcoólicas em excesso, segundo alguns moradores da zona e trabalhadores do centro de saúde. Os sacos acumulam-se e o mau cheiro sente-se a alguns metros. Recorde-se que há um ano todos os pertences do sem-abrigo foram retirados do banco onde costuma dormir o que provocou a revolta de alguns populares que consideraram a atitude “desumana”. A câmara e a delegada de saúde analisaram a situação e consideraram que o espaço deveria ser limpo. Na altura a autarquia já tinha contactado a embaixada da Roménia e equacionava o internamento do cidadão que revelava sinais de “desequilíbrio psicológico”, mas um ano depois tudo continua tudo na mesma. Segundo a câmara, o homem neste momento já nem sequer aceita conversar com as técnicas de acção social. Não existem grandes queixas em relação ao comportamento do sem-abrigo, a não ser nos momentos em que começa a gritar sem motivo. “Tenho muita pena que ninguém consiga encontrar uma solução para o seu caso”, confessa um trabalhador do Centro de Saúde de Alverca. Muitos moradores da zona encarregam-se de lhe dar comida e com as esmolas que vai pedindo, consegue comprar as bebidas alcoólicas.O romeno antes de estar a viver na rua, morava em A-dos-Potes, em Alverca, e trabalhava numa empresa de paletes. “Não é só este sem-abrigo que mereceria ser apoiado, mas também todos os outros que vivem mais escondidos. Vivemos numa sociedade muito desligada e tenho muita pena de encontrar uma pessoa a viver assim”, confessa Cristina Ramos, utente do centro de saúde. A autarquia está a desenvolver contactos com várias entidades já que os serviços locais já esgotaram todas as alternativas de intervenção.

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