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Má qualidade do piso e fraca sinalização contribuem para aumento de acidentes

Má qualidade do piso e fraca sinalização contribuem para aumento de acidentes

No último ano houve mais 16 acidentes com vítimas no concelho de Vila Franca de Xira

Está a aumentar o número de acidentes rodoviários com vítimas mortais no concelho de Vila Franca de Xira. No último ano morreram dez pessoas e 35 ficaram gravemente feridas. A má qualidade do piso de algumas estradas, a fraca sinalização e a baixa iluminação potenciam os acidentes. A Auto-Estrada do Norte (A1) e a Estrada Nacional 10 são consideradas as vias mais perigosas.

No ano passado morreram dez pessoas em acidentes rodoviários no concelho de Vila Franca de Xira, mais 4 que em 2010. As causas dos sinistros têm a ver com o excesso de velocidade, mas a má qualidade do piso de algumas estradas, a fraca sinalização vertical e baixa iluminação durante a noite são factores que têm muita influência.Em 2011 registaram-se 382 acidentes que causaram dez vítimas mortais, 35 feridos graves e 482 feridos ligeiros. São mais 16 acidentes que no ano anterior. Uma subida que preocupa os responsáveis locais pelo socorro. A Auto-Estrada do Norte (A1) continua a ser a via do concelho onde se registam mais acidentes, logo seguida da Estrada Nacional 10. Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária o concelho de Vila Franca de Xira é o que tem o quarto maior índice de gravidade por acidente do distrito de Lisboa, só batido pelos concelhos de Cadaval, Alenquer e Sobral de Monte Agraço.Além dos factores que potenciam os acidentes - como a má qualidade do piso - os condutores continuam a ser pouco prudentes ao volante e insistem em não adequar a sua condução às condições do piso e aos fenómenos climáticos. “A sinistralidade tem sempre um condutor por trás. Actualmente os automóveis são mais evoluídos, andam mais depressa e têm mais sistemas de protecção activa e passiva. Isso induz os condutores a ter um excesso de confiança que às vezes é fatal”, defende Alberto Fernandes, comandante dos Bombeiros de Alverca a O MIRANTE.Em Alverca os atropelamentos são mais frequentes que as colisões de veículos. “A via onde temos mais acidentes é a A1 e dentro da cidade temos muitos atropelamentos. Também temos alguns acidentes na Estrada Nacional 116.1 mas são residuais”, refere Alberto Fernandes. Para o subchefe dos bombeiros de Vialonga, Paulo Nogueira, a falta de bom senso dos condutores e a falta de manutenção da sinalética e da iluminação semafórica existente é um dos factores que potenciam os acidentes. “Na variante de Vialonga os acidentes acontecem junto aos semáforos, sobretudo quando estão intermitentes”, lamenta. O facto do piso de algumas estradas ser em calçada também constitui uma armadilha, defende Paulo Nogueira. “Os carros entram mais facilmente em derrapagem e em alguns locais, sobretudo nas descidas, essa calçada deveria ser substituída por um piso aderente”, sugere. A falta de iluminação nocturna em locais como a Recta do Cabo entre Vila Franca e Porto Alto é outro dos motivos que, dizem os bombeiros, aumenta o risco de acidentes. “A falta de visibilidade durante a noite é sempre um problema. Na Recta do Cabo desde que foram feitas as obras em frente ao Gado Bravo temos tido uma diminuição muito significativa dos acidentes mas continua a ser uma recta muito escura”, revela o comandante Elviro Passarinho, dos bombeiros de Vila Franca de Xira. Segundo um estudo da Universidade Autónoma de Lisboa, divulgado recentemente, os acidentes de viação custam ao país, em média, 2500 milhões de euros por ano.Violência doméstica e falsos alarmes diminuem no concelho Segundo dados recolhidos pela protecção civil municipal os casos de violência doméstica registados pela PSP no concelho de Vila Franca de Xira estão a diminuir. No último ano foram reportados 182 casos, menos 44 que em 2010. Apesar de poderem existir mais casos de violência doméstica do que aqueles que estão sinalizados pelas autoridades, porque há quem não apresente queixe, a PSP considera que a redução dos valores é o resultado de uma aposta na proximidade com a comunidade. Outra redução verificada no último ano no concelho foi o número de falsos alarmes de incêndios, passando de 45 para 41. O número de incêndios florestais registados pelas autoridades também diminuiu, passando de 87 para 35 incêndios.
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