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Câmara de Abrantes acredita que Central do Pego não vai encerrar

Podem estar em causa cerca de trezentos postos de trabalho
O anúncio pela Endesa do fecho da central de ciclo combinado do Pego, empresa espanhola que emprega cerca de 300 pessoas, apanhou de surpresa a presidente da Câmara Municipal de Abrantes que afirmou não acreditar no seu encerramento.“Quero crer que o Governo vai encontrar uma solução para este problema e chegar a um consenso com a Endesa no sentido de garantir que este projecto, tão importante para Abrantes e para Portugal, possa continuar”, afirmou à Lusa Maria do Céu Albuquerque (PS), tendo ainda observado estarem em causa cerca de 300 postos de trabalho.A Endesa Portugal anunciou, através do seu presidente, que vai fechar a central de ciclo combinado do Pego enquanto vigorar a suspensão da garantia de potência, cumprindo a ameaça feita quando o Governo começou a pôr em causa os incentivos à disponibilidade das centrais térmicas.“Vamos hibernar a central e por tempo indeterminado, porque não sabemos quanto tempo dura esta medida”, afirmou Nuno Ribeiro da Silva, acusando o Governo de “má-fé e incumprimento das negociações”.Em declarações à agência Lusa, à margem de uma visita ao Tagusvalley - Tecnopólo do Vale do Tejo, a presidente da Câmara de Abrantes afirmou não ter conhecimento do problema em “concreto”, tendo no entanto manifestado confiança de que o problema vai ser rapidamente resolvido.“Sendo a questão de energia uma questão tão sensível e tão importante para Portugal e para o seu desenvolvimento, acredito que o Governo e a Endesa vão entrar em consenso para que essa hibernação não se verifique”, reforçou.O Governo revogou a garantia de potência, renda anual que o sistema eléctrico paga aos produtores para compensar os dias em que as centrais térmicas estão paradas e de sobreaviso, decidida pelo Executivo de Sócrates em Agosto de 2010, que voltará a ser reposta “a partir do final do Programa de Assistência Financeira até ao final da vida útil de cada centro electroprodutor”.No caso da Endesa, está em causa o pagamento anual de 16 milhões de euros, para a Central do Pego, um investimento de 580 milhões de euros, estar disponível mais de 90 por cento do tempo nos períodos tarifários de ponta, que “em Janeiro e Fevereiro, teve uma utilização superior a 50 por cento”, de acordo com Nuno Ribeiro da Silva.

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