Andreia Bernardo
25 anos, solicitadora, Moçarria (Santarém)
“As notícias sobre licenciaturas fáceis não ajudam a credibilizar o ensino superior mas ajudaram quem tirou cursos num ano e não pagou três anos de propinas, como acontece com os demais. Eu, pelo menos, esforcei-me bastante”
Agosto ainda é o mês de férias por excelência?Quando era mais nova costumava passar férias com os meus pais em Julho. Com os estudos passámos para Agosto, mas prefiro ir noutro mês para evitar mais confusão. Agosto é quando costuma fazer mais calor e até quando Santarém pára e fica deserta. Alterou os seus planos de férias de 2012 face aos anos anteriores?Não vou tirar férias este ano. Vou aproveitando os fins de semana, tirando um dia ou outro, o essencial para descansar um bocadinho.É importante ter uma licenciatura para singrar na vida?Se fosse há uns anos pensaria melhor sobre ter uma licenciatura. Agora aposta-se muito em estágios profissionais comparticipados pelo centro de emprego e ganha-se experiência. As notícias sobre licenciaturas fáceis não ajudam a credibilizar o ensino superior mas ajudaram quem tirou cursos num ano e não pagou três anos de propinas, como acontece com os demais. Eu, pelo menos, esforcei-me bastante.Já apostou dinheiro no casino?Ainda não, mas tenho curiosidade em conhecer. Conheço o bingo mas a casinos nunca fui. Se calhar não me importava de gastar 10 euros só para ver como funciona.Que bebida é mais refrescante no Verão?Para mim continua a ser a água. Durante o fim de semana bebo refrigerantes mas a água é a que mais refresca em qualquer ocasião. Na praia, o homem fica melhor de slip, bermudas ou calção justinho?Para mim e na opinião de outras pessoas com quem converso e comento o que vemos, fica melhor de bermudas. Os slips não favorecem nada.Aplicou em casa e no trabalho a sua própria receita de austeridade?Desde que comecei a trabalhar sou muito poupadinha. Custa a ganhar, mas a minha austeridade já vem de há algum tempo. É a minha maneira de ser, mas também tenho extravagâncias. Principalmente com roupa, por isso é que tenho evitado entrar nas lojas.A quem é que gostava de cortar subsídios?Os problemas vêm de há anos mas, como se costuma dizer, quem está é que paga. É uma bola de neve que se arrasta há muitos anos devido a má governação e extravagâncias. Como é óbvio cortava subsídios aos membros do Governo, aos que ocupam e auferem cargos altamente remunerados e aos que auferem pensões altíssimas que o país tem pago.Era capaz de jejuar da alvorada até ao pôr do sol por questões religiosas?Se fosse por uma questão de força maior ou se fosse obrigatório acho que conseguia. Nunca estive um mês sem comer nem beber durante essas horas. Num ano no Algarve alguns vendedores de praia disseram que estavam a jejuar. É preciso ter coragem para o fazer debaixo de sol e a caminhar pela areia.Que programa de televisão não dispensa?Vejo novelas porque a minha mãe normalmente gosta, mas vejo mais noticiários. Não tenho um programa preferido.Entre uma ida ao cinema e a leitura de um livro, o que prefere?Prefiro o cinema. Em termos de leitura só consigo ler um livro se me cativar de início. Se começa a ser desinteressante nas primeiras páginas, desisto! No cinema, gosto muito daqueles filmes do tipo do “Madagáscar” ou da “Idade do Gelo”, que costumava ir ver com o meu afilhado e que dão para descontrair e rir um bom bocado.Porque é que os Estados Unidos produzem tantos episódios de assassínios em série?Acho que é gente maluca! Quando vejo essas notícias mais vale desligar a televisão. Não sei o que se passa na cabeça das pessoas, se é loucura, revolta ou gosto em fazer mal. Em que lugar do ranking das melhores cidades para viver colocaria Santarém?Colocaria no primeiro! Conheço Coimbra, onde vivi, que se equipara a Santarém, que é uma cidade calma. Nunca pensei em viver e estudar em Lisboa, por exemplo. Só lá fiz estágio na câmara dos solicitadores e para mim é uma loucura andar a correr no Metro.Santarém cresceu muito nos últimos anos apesar de agora estar um pouco estagnada. Falta talvez mais desenvolvimento com empresas e emprego. Fico triste de vir ao fim de semana e ver as ruas desertas na tarde de sábado ou aos domingos.
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