Pedro Silva, natural de Almeirim, fez parte da equipa portuguesa que conquistou o segundo lugar no campeonato do mundo de pesca submarina, que decorreu em Vigo (Espanha). A prova contou com 52 atletas de 19 países, tendo sido ganha pela equipa de Espanha. Pedro Silva, 38 anos, estudou em Almeirim e nos últimos anos tem estado no Algarve onde é professor de Desporto na Escola EB 2,3 Dr. António da Costa Contreiras, em Armação de Pêra. O feito da selecção portuguesa já foi reconhecido pelo Presidente da República que recebeu a equipa na terça-feira.O desportista que é o sétimo melhor do mundo nesta modalidade, já foi campeão nacional de duplas (equipa de dois pescadores) por duas vezes. Está no top 10 nacional há cinco anos e já participou em competições internacionais por cinco vezes, numa delas no Master de Palma, em Palma de Maiorca, uma competição que reúne os melhores que participam através de convite da organização. Pedro Silva diz que ter feito parte da selecção nacional que conquistou o segundo lugar no mundial é o alcançar de um objectivo que traçou quando percebeu que tinha capacidade para ser um bom pescador submarino. “Foi muito bom sentir o respeito e o reconhecimento da comunidade mundial da pesca submarina”, refere.Pedro Silva começou a interessar-se pela pesca submarina ainda muito novo, primeiro durante as férias de Verão em Armação de Pêra. “A minha família apesar de viver em Almeirim sempre esteve ligada ao mar, o meu pai sempre teve barco e pescou tanto à cana como a fazer pesca submarina”, lembra. Foi jogador de basquetebol até aos 12 anos em Almeirim e Santarém e a partir desta idade começou também a praticar pesca fora das férias, sobretudo na zona de Lisboa. Quando acabou o curso superior de educação física foi para o Algarve trabalhar também para estar mais perto do mar. Comprou o primeiro barco e teve a sorte de conhecer dois grandes caçadores submarinos, Luís Prata e Zé Carlos, que o iniciaram na competição. A pesca submarina é um desporto sem espectadores porque decorre debaixo de água. Pedro Silva explica que este desporto é praticado em apneia (ausência de respiração) e “é muito exigente fisicamente”. Cada prova tem a duração de 10 horas (cinco horas em cada dia). É um desporto muito competitivo.